O projeto de iniciação científica “Análise das condições da Universidade Estadual de Londrina para as pessoas com deficiência visual: a acessibilidade ao ensino superior e a mobilidade” está procurando pessoas com deficiência para colaborar com uma pesquisa de mapeamento de acessibilidade no campus da UEL.
A participação é voluntária, ou seja, os interessados devem entrar em contato através dos endereços de e-mail alan2013.victor67@uel.br ou landrade@uel.br e, após isso, será marcada uma entrevista. Inicialmente, esse levantamento foi pensado somente na perspectiva dos deficientes visuais, porém, atualmente qualquer pessoa com deficiência pode participar e compartilhar suas experiências.
Leia de Andrade, professora do departamento de Geociências da UEL e coordenadora do projeto, contou ao Portal Verdade que a ideia do projeto surgiu a partir de uma pesquisa em meados de outubro de 2022 e que o objetivo é fazer uma espécie de diagnóstico, discutindo com os colaboradores quais seriam os melhores caminhos para uma maior acessibilidade, autonomia e independência dentro do campus.
“Nosso objetivo é fazer um diagnóstico. Queremos analisar todo o campus da Universidade, passando por todos os departamentos, para poder ver as condições de mobilidade, em especial a deficientes visuais”. Vamos entrevistar alguns alunos vinculados ao NAC, Núcleo de Acessibilidade da UEL, para descobrir quais as dificuldades que eles encontram. Não só no campus, mas também tudo que envolve o ambiente universitário, como o deslocamento entre salas de aula, o calçadão e se há preconceito”, contou Alan Victor da Silva Nogueira, estudante de Geografia e integrante do projeto.
Alan foi peça chave na criação do projeto, já que deu a ideia inicial em uma aula. Deficiente visual com baixa visão, o estudante revelou que sempre teve vontade de desenvolver algo relacionado à educação especial: “Por eu ter deficiência visual, eu sempre encontrei várias barreiras e dificuldades no que tange a acessibilidade da UEL. Eu queria saber dos demais alunos que também possuem deficiência visual as dificuldades que eles encontram diariamente”.
Matéria da estagiária Raquel Cassitas, sob supervisão.