Ministério da Educação e Ministério das Comunicações lançaram estratégia nacional de Escolas Conectadas e pretendem universalizar acesso nas instituições de ensino público até 2026
Em todo Paraná apenas 45,2% das escolas têm conexão com internet, ou seja, 3.339 locais, segundo o Governo Federal. Para ampliar o acesso os ministérios da Educação e das Comunicações lançaram a estratégia nacional de Escolas Conectadas e prometem universalização do acesso até 2026.
Segundo levantamento dos ministérios o Nordeste é a região com a mais quantidade de escolas que passarão a ter internet após implantação da estratégia, totalizando 49.953 instituições. Em seguida está o Sudeste (40.365); o Norte (20.366); o Sul (19.826); e o Centro-Oeste (7.845).
No Paraná, das escolas que têm conexão, 2.170 não tem wi-fi e duas não têm nenhum tipo de acesso. Conforme dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) 5.614 escolas do Estado têm banda larga e 1.883, embora conectadas, não dispõem da tecnologia.
Em Curitiba a banda larga está disponível para 372 escolas. Outras 138 têm conexão com a rede, mas não banda larga.
Nas áreas rurais do Estado estão conectadas 1.058 escolas, enquanto nas áreas urbanas são 6.520. De todas as instituições de ensino municipais, estaduais e federais do Paraná apenas 36 não têm laboratório de informática, conforme a pesquisa.
Em nota a Secretaria de Comunicação (Secom), do Governo Federal, afirmou que “o desafio é garantir o acesso à internet de qualidade em 623 instituições de ensino, 8% das 7.381 escolas públicas de educação básica no estado”.
O programa terá investimento de R$ 8,7 bilhões em todo Brasil. Destes, R$ 6,4 bilhões estão previstos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), no eixo de “Inclusão Digital e Conectividade”, além de portes do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Plataformização
A Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed) tem sido agressivo na utilização de plataformas de ensino, apesar dos problemas de conexão em algumas escolas.
A chamada “plataformização” é criticada por professores e estudantes sobretudo por conta da imposição de metas e obrigatoriedade para atividades.
Em agosto deste ano uma pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisa de Opinião (IPO) a pedido da APP-Sindicato, revelou que 91,3% dos professores da rede pública estadual sentem sobrecarga por conta do uso das plataformas do Governo do Estado.
No mesmo mês, a APP-Sindicato também realizou um protesto chamado “Plataforma Zero”, quando professores deixaram de usar os aplicativos obrigatórios do Estado.
Fonte: Jornal Plural