Empresa informou que, em novembro do ano passado, precisou suspender os trabalhos por conta da falta de recursos. Serviço foi retomado há três meses, mas a passos lentos, uma vez que o envio de verba ainda é insuficiente
A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento de Doação de Bens Públicos da Câmara de Londrina promoveu, na manhã desta terça-feira (8), uma reunião para discutir as obras do Centro Especializado em Reabilitação da Pessoa com Deficiência. A unidade está sendo erguida em um terreno ao lado da UPA do jardim Sabará, na zona oeste de Londrina. A comissão agendou o encontro após realizar uma visita no local no mês passado e encontrar apenas quatro trabalhadores executando o serviço.
Os vereadores ficaram preocupados não só com a lentidão dos trabalhos, mas também com a má utilização do terreno público, que foi doado pela prefeitura. Participaram da reunião representantes do Cismepar, que gerencia a obra, e da PGC Engenharia, contratada por R$ 4,4 milhões para construir o centro.
Para o vereador Roberto Fu (PDT), que presidiu o encontro, tanto o Cismepar como a empresa disseram que a obra sofre, desde o final do ano passado, com a falta de recursos. A verba, oriunda da União, foi paralisada por conta da transição de governo. Tanto é que em novembro de 2022 o serviço foi suspenso. O cronograma só foi retomado em maio deste ano, após a garantia do envio de recursos por parte do Ministério da Saúde. O problema, segundo Fu, é que a verba enviada até o momento ainda é insuficiente para que a obra seja realizada a todo vapor.
A obra começou em setembro de 2021 e tinha prazo inicial de 12 meses após a assinatura da ordem de serviço para ser concluída. O objetivo da unidade é atender pacientes de 21 municípios da região com consultas interdisciplinares e de reabilitação para pessoas com deficiência física ou intelectual. Os recursos federais haviam sido garantidos por meio da aprovação de emendas de deputados da região. Roberto Fu disse que uma nova reunião foi marcada para que a Caixa Econômica Federal seja ouvida sobre a liberação de uma verba que, apesar de reservada, não estaria sendo enviada. O vereador espera que os autores das emendas também ajudem a cobrar pelo repasse de recursos.
Fonte: CBN Londrina