A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou na forma de substitutivo geral, nesta terça-feira (5), a redação final do Projeto de Lei 492/2021, que institui a Lei de Incentivo à Cultura do Bambu. O objetivo da proposta é disseminar o cultivo agrícola e a valorização da planta como instrumento de promoção do desenvolvimento socioeconômico sustentável do estado por meio de suas múltiplas funcionalidades.
“É uma importantíssima conquista legislativa para o Paraná ter uma lei de fomento a toda cadeia produtiva dessa planta tão versátil e que pode trazer muitos benefícios para o nosso estado”, afirmou o deputado estadual Goura (PDT), autor do projeto de lei, ao agradecer os deputados coautores e a Associação Paranaense de Produtores de Bambu, que trouxe a discussão até o mandato.
Goura ressaltou que espera que o projeto seja sancionado e que o Governo do Estado se empenhe para tornar a lei uma realidade no Paraná. Ele afirmou que esta conquista é fruto de uma construção democrática, que se iniciou com a realização de uma audiência pública em novembro de 2019, onde foram ouvidos pesquisadores, produtores e técnicos envolvidos com a cultura do bambu.
“O bambu representa de fato a possibilidade de se ter ações concretas e efetivas, que busquem trazer recursos, renda para os produtores, recuperação do solo e recuperação ambiental para esta indústria que está pouco valorizada no Paraná. Estamos falando da utilização do bambu na indústria têxtil, na indústria moveleira, na indústria alimentícia, além da recuperação do solo degradado, no paisagismo e demais usos”, frisou.
Além de Goura, assinam o projeto os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Boca Aberta Jr. (PROS), Vilmar Reichembach (PSD), Dr. Batista (União), Anibelli Neto (MDB) e a deputada Luciana Rafagnin (PT).
Por que fomentar a cultura do bambu?
Porque é uma tecnologia social simples de se trabalhar, com baixo custo de plantio, manutenção, colheita e processamento. Porque gera emprego e renda, fixando as pessoas no campo. É uma cultura alinhada aos princípios da agroecologia. Não precisa de adubação química, muito menos de agrotóxicos.
Pode ser plantado em consórcio com outras culturas, como agrofloresta, e pode ser plantado nos locais difíceis de ocupar com a lavoura principal. Possui diversos produtos e aplicações: broto e farinha do bambu, artesanato e bioconstruções, carvão, carvão ativado e carvão agrícola, que regeneram solos degradados e serve como cortina viva contra agrotóxicos.
Conheça a íntegra do PL do Bambu clicando na imagem abaixo:
Conhecendo a cultura do bambu
Além da realização de uma audiência pública para discutir o uso sustentável do bambu, o Mandato Goura produziu um material informativo sobre os benefícios dessa cultura sustentável. O material foi distribuído amplamente e pode ser acessado clicando aqui.
Fonte: Assessoria Parlamentar