Manifestação aconteceu no centro de Curitiba, capital do Paraná, nesta quarta feira, 24
Fonte: Brasil de Fato Paraná
Um Ato Público contra a Privatização da Copel aconteceu nesta quarta-feira (24), com a participação de movimentos sociais e sindicatos. O objetivo da manifestação que reuniu centenas de pessoas na Boca Maldita, centro de Curitiba, foi a de conscientizar a população sobre os impactos da processo de privatização da estatal.
A manifestação, organizada pelo Fórum Popular em Defesa da Copel em parceria com a Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas da Assembleia Legislativa (Alep), contou com falas de lideres sindicais e também deputados (as) que denunciaram os ataques do Governo Ratinho Jr a este importante patrimônio público e estratégico para o estado do Paraná.
O presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Leandro Grassmann, funcionário da Copel, levantou, em sua fala, a questão da precarização dos serviços da Companhia, causada pelo foco da empresa em ter um “mindset privado”. “Se a gente quer aqui no Paraná uma qualidade de serviço pior do que a gente já tem, o caminho é vender a Copel”, declarou, ressaltando que o lucro exorbitante dos acionistas vem aos custos das condições de trabalho: “hoje, a Copel está sobrecarregando os empregados. E quem é terceirizado da Copel está trabalhando em condições subumanas”.
Já o deputado Arilson Chiorato, coordenador da Frente Parlamentar das Estatais e Empresas Públicas, acusou o atual governador Ratinho Junior (PSD) de estelionato eleitoral – Ratinho Junior se elegeu com a promessa de manter o controle do governo do Estado sobre a Copel – também criticou a gestão da Companhia, defendendo que os lucros que hoje são distribuídos aos acionistas deveriam ser reinvestidos no estado do Paraná. Requião Filho chamou Ratinho Junior de “menino que brinca de governador”, condenando as tentativas do atual governo de privatização de bens públicos.
O ex-governador do Paraná, Roberto Requião, também participou do evento, resgatando o histórico de tentativas de venda da Copel ao longo dos anos e a mobilização popular em torno da empresa: “que o Paraná acorde e tenha coragem de impedir essa patifaria”, concluiu Requião, que utilizou sua fala para também criticar a gestão da Companhia.
Ao final do ato político, os manifestantes soltaram centenas de balões laranja, cor símbolo da Copel. A ideia é que mais atos semelhantes aconteçam por todo o estado, bem como a realização de audiências públicas.