O Comando Nacional dos Bancários realiza nesta terça (13) a sétima rodada de negociações com a Fenaban. A presidente do Sindicato de SP, Neiva Ribeiro, falou com exclusividade à Agência Sindical. Ela destaca as mobilizações nas agências de todo o País no Dia Nacional de Luta. Ela diz: “A categoria quer respostas concretas dos bancos na Mesa de amanhã”.
O mote é “se tem lucro, tem que ter valorização”. Nas redes sociais, os bancários usarão a hashtag #JuntosPorValorização, marcando a Contraf-CUT.
Os bancos mais poderosos do País pagam remuneração média anual de R$ 9 milhões a suas diretorias, mas reclamam que o mercado “não está fácil”. De 2003 a 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação.
Um e-mail foi enviado às entidades sindicais, com materiais para as ações de mobilização. Neiva confirmou que o Comando apresentará pauta com as “questões concretas” que incluem as seguintes reivindicações:
- aumento salarial real, acima da inflação, em percentual de 5%, assim como
melhora em PLR, VA/VR e remunerações como auxílio creche e babá; - Saúde e condições de trabalho, o que inclui atenção e medidas contra o adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras;
- Combate ao assédio moral e sexual;
- Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
- igualdade de oportunidade e igualdade salarial, entre gênero e raça, além de contratações por cotas;
- Mais mulheres na área da TI;
- Oportunidades para profissionais transexuais, com objetivo de diminuir a vulnerabilidade social desse grupo.
Adoecimento – A dirigente enfatiza que as metas abusivas exigidas dos trabalhadores pelos bancos causam adoecimento de caráter físico e mental. “Ao mesmo tempo em que impõem metas, os bancos vêm diminuindo os postos de trabalho para diminuir o custo do atendimento e aumentar a rentabilidade na venda de seus produtos e alcançar as metas.”
Segundo Neiva Ribeiro, cerca de um terço dos trabalhadores da categoria usa remédios controlados em decorrência de problemas de saúde, provocados pelas condições de trabalho.
Fonte: Agência Sindical