Plural apurou que sessão da Assembleia será presidida por Marcel Micheletto, correligionário do ex-presidente
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), não deve participar da cerimônia de entrega do título de cidadania honorária do Paraná ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (15). Segundo consta, Bolsonaro, ao saber do escândalo que envolve Traiano, exigiu não ser visto ao lado dele. Com isso, a sessão deve ser presidida por Marcel Micheletto (PL), primeiro-vice-presidente da Assembleia e um dos proponentes da homenagem.
O recado de Bolsonaro, segundo o Plural apurou, foi transmitido via Fernando Fracnischini, ex-deputado cassado pelo TSE. Para contornar o problema, o primeiro-secretário, Alexandre Curi (PSD), teria ficado encarregado de servir de cicerone ao ex-presidente durante a visita.
Procurada pelo Plural, a assessoria de Traiano disse apenas que o presidente estava ainda estudando nesta quinta (14) se poderia comparecer à cerimônia, em função de compromissos agendados previamente.
Traiano é visto por muitos políticos como persona non grata há duas semanas, desde que o deputado estadual Renato Freitas (PT) trouxe à tona documentos comprovando que o presidente da Assembleia recebeu uma propina de R$ 100 mil para renovar um contrato da TV Icaraí, de Joel Malucelli, com a TV Assembleia. Traiano fez um acordo de não persecução penal com o Ministério Público para evitar uma possível pena de prisão, e para isso teve de confessar o crime.
Outra medida envolvendo a visita de Bolsonaro à Assembleia: todos os funcionários do Legislativo foram dispensados do expediente nesta sexta. A ideia com isso é que apenas os fãs do ex-presidente estejam presentes à tarde, o que evitaria vaias a Bolsonaro e possíveis constrangimentos para o ex-presidente.
Fonte: Jornal Plural