Nos primeiros meses de 2024 foram realizados 63.268 atendimentos. Colisão entre veículos, queda de pessoa e incêndio em vegetação são as situações mais comuns
A cada quatro minutos, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná registra uma ocorrência. Assim tem sido em 2024, período no qual os bombeiros realizaram 63.268 atendimentos nos seis primeiros meses do ano – o equivalente a quase 348 ocorrências diárias. Nesta terça-feira (2 de julho), inclusive, é celebrado o Dia do Bombeiro Brasileiro.
O levantamento, feito pelo Bem Paraná com base no Sistema de Estatística de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM), permite identificar, além do número de ocorrências atendidas, quais as situações mais comuns de ocorrem, conforme sua natureza ou sub-natureza.
Com relação à natureza da ocorrência, os atendimentos realizados pelos bombeiros são de seis tipos diferentes: acidente de trânsito; APH (atendimento pré-hospitalar), busca e salvamento, desastre e incêndio.
Neste começo de ano, por exemplo, os acidentes de trânsito (com 23.114 registros) representam a maior fatia dos registros ou atendimentos feitos pela corporação. Na sequência aparecem os casos de APH (20.146), incêndio (9.987), busca e salvamento (7.495), atendimentos comunitários (2.463) e desastres (63).
Para saber quais os tipos de ocorrência que se enquadram em cada uma dessas classificações, basta conferir a segunda tabela disponibilizada logo abaixo, que detalha os registros de ocorrências do Corpo de Bombeiros conforme sua sub-natureza.
Ocorrências registradas, segundo a natureza do caso
Natureza | Ocorrências |
Acidente de Trânsito | 23.114 |
APH | 20.146 |
Atendimento Comunitário | 2.463 |
Busca e Salvamento | 7.495 |
Desastre | 63 |
Incêndio | 9.987 |
Fonte: Sistema de Estatística de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM)
Os casos mais comuns e os mais raros de serem atendidos pelos bombeiros
Para um detalhamento maior dos registros, no entanto, é necessário analisar-se não somente a natureza, mas também a sub-natureza dos registros atendidos.
Na categoria acidente de trânsito, por exemplo, os casos de queda de veículo (4.928) e atropelamento (1.784) são os mais comuns. Já nos casos de APH (atendimento pré-hospitalar), os registros envolvendo queda de pessoa do mesmo nível (7.370) e problemas clínicos (como infartos ou derrames, com 3.001 ocorrências) são os mais numerosos.
Outras situações que merecem ser citadas são os incêndios em vegetação (com 5.940 registros nos seis primeiros meses do ano) e os atendimentos envolvendo a captura e/ou remoção de animais (com 3.921 ocorrências), que se enquadram na categoria/natureza de “busca e salvamento”.
Por outro lado, alguns registros são raros, como os acidentes náuticos ou aéreos, com uma ocorrência cada ao longo de 2024. Situações como queda de árvore (em “busca e salvamento”) e esgotamento de água e/ou outros fluidos (em “atendimento comunitário”) também são mais raras, com três registros cada. E o mesmo ocorre com desastres naturais, mas daí porque essas situações costumam ser atendidas pela Defesa Civil, que possui um sistema próprio para registro de ocorrências.
Dia do Bombeiro Brasileiro
O Dia do Bombeiro Brasileiro, celebrado em 2 de julho de cada ano, recorda a criação do Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, inaugurado em 2 de julho de 1856, no Rio de Janeiro, com comando do major João Batista de Morais Antas.
Oficialmente, o Dia do Bombeiro Brasileiro foi instituído através do decreto de lei nº 35.309, de 2 de abril de 1954. A partir desta mesma lei, também foi definido a realização anual da Semana de Prevenção Contra Incêndios. Antigamente, antes do Imperador D. Pedro II assinar o Decreto Imperial que regulamentava o serviço de bombeiros, o badalar dos sinos era sinal de que homens, mulheres e crianças tinham que ficar em fila e, do poço mais próximo, passavam baldes de mão em mão até chegarem ao local do incêndio.
Hoje, além de apagar incêndios, os bombeiros desenvolvem várias outras iniciativas, o que inclui projetos sociais e educativos, o socorro a animais em perigo e auxílio a pessoas em situações de estresse, como tentativa de suicídio e afogamentos.
Fonte: Bem Paraná