Desde a denúncia de assédio e importunação sexual compartilhada, na última semana, por uma jornalista contra o ginecologista M.A.C, nas dependências da DASC (Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade) da UEL (Universidade Estadual de Londrina), outras queixas chegaram.
Os relatos estão sendo repercutidos por veículos de comunicação local e nacional. De acordo com reportagem, publicada no Estadão nesta manhã, mais cinco mulheres já se pronunciaram também alegando serem vítimas do mesmo médico. Os abusos envolvem violência obstétrica e lesbofobia.
Além disso, coletivos da cidade emitiram seus posicionamentos, exigindo que os crimes sejam apurados e as vítimas acolhidas. Confira a seguir algumas manifestações:
UEL
Em nota, a UEL informou que a Procuradoria Jurídica aguarda o recebimento da denúncia realizada pela jornalista junto à Ouvidoria. Após a verificação das informações, a investigação será encaminhada para o Gabinete da Reitoria e, posteriormente, ao Conselho Universitário.
É importante lembrar que desde 2001, assédio sexual configura crime no Brasil (Lei nº 10.224). Já importunação sexual foi tipificado pelo Código Penal em 2018 (Lei 13.718).
JUNTES
A JUNTES (Comissão de Prevenção à Violência Sexual e de Gênero) do CECA (Centro de Educação, Comunicação e Artes) publicou na tarde de ontem (23) carta de repúdio e acolhimento. Acompanhe a seguir:
Sindijor e FENAJ
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) e a Comissão de Mulheres da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também se pronunciaram. “Não se pode conceber que um profissional siga no serviço público diante de tantas situações controversas que necessitam de investigação”, alertam as entidades. Confira aqui o documento completo.
Néias
Nas redes sociais, Néias – Observatório de Feminicídios de Londrina, também se manifestou: “como entidade comprometida com os direitos de meninas e mulheres, nos solidarizamos com todas as vítimas e aguardamos a devida punição do responsável”, adverte.
Força Autônoma Estudantil
Também pelas redes sociais, o movimentou comunicou alerta às pacientes. “Tanto a violência obstétrica quanto a ginecológica, desconsideram a importância da autonomia das mulheres e pessoas com útero como seres capazes de realizar escolhas que impactam nossos corpos e nossas vidas”, afirma. Veja nota na íntegra.
Frente Feminista chama para preparação de ato
A Frente Feminista de Londrina convocou reunião aberta nesta sexta-feira (24) a partir das 18h no campus. O encontro acontece em frente ao mural “Chega de Assédio”, disposto no CECA (ao lado da Rádio UEL FM) e tem o propósito de organizar ato contra as queixas que aconteceram nas dependências da DASC, violências que, conforme apurado pela Rede Lume de Jornalistas, ocorrem há mais de uma década (veja mais aqui).