Especialista em logísitica explica que enquanto a produção caumenta, em média, mais de 9 milhões de toneladas ano, a capacidade de armazenagem cresce só a metade desse volume
Com a previsão de colher quase 320 milhões de toneladas de grãos, o país enfrenta sérias dificuldades com a armazenagem do produto. Em relação à safra 2021/2022, o crescimento, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, deve ser de 16,5%.
Os números do que deve ser a maior safra de toda a história do país foram divulgados pela Companhia, recentemente, e com eles veio à tona, mais uma vez, uma velha dificuldade: a falta de armazéns e silos para guardar a safra.
Enquanto a produção cresce, em média, mais de 9 milhões de toneladas ano, a capacidade de armazenagem aumenta só a metade disso. Sem armázens para estocar toda a safra, surge outro problema, a venda dos graõs no pior momento do mercado, em função, principalmente, da grande oferta e dos preços baixos.
O especialista em logística da Federação da Agricultura do Paraná, Nilson Camargo, explica que o déficit de armazenagem é crônico e só piora. Mas, ele afirma que o Paraná, em comparação com o resto do país, está em uma situação um pouco melhor, e que falta investimento na área.
Camargo diz ainda que sem lugar para guardar os grãos, a tendência é que os produtores vendam a safra a preços baixos, para evitar os riscos de armazenar a produção a céu aberto.
O especialista em logística da FAEP afirma ainda que no cenário paranaense, a região Norte tem uma boa condição de armazenagem em relação a outras partes do estado, como o Noroeste, em grande medida pelos antigos armazéns de café que acabaram reaproveitados para a soja e o milho.
Fonte: CBN Londrina