Em fevereiro, foram destinados mais de R$ 600 milhões para procedimentos em estados brasileiros
O Ministério da Saúde liberou recursos para reduzir a fila de espera por cirurgias no SUS em pelo menos 24 estados brasileiros, entre eles o Paraná. O Programa Nacional de Redução das Filas iniciou os repasses em março. O investimento total, em 2023, será de R$ 600 milhões. Os primeiros recursos encaminhados – cerca de R$ 200 milhões – serão para cirurgias eletivas.
Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias. Entre os procedimentos mais listados estão cirurgia de catarata, retirada da vesícula biliar, cirurgia de hérnia, remoção das hemorroidas e retirada do útero. O programa foi anunciado em fevereiro e também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil.
A fila de cirurgias eletivas do SUS chega a 1 milhão de procedimentos, segundo dados dos planos aprovados e enviados ao Ministério da Saúde. Com os recursos liberados, as secretarias de saúde estaduais e municipais poderão realizar mais de 487 mil cirurgias, 45% de redução da fila no Brasil.
Paranaenses na fila
Atualmente, na fila de espera existem mais de 50 mil paranaenses aguardando por cirurgia. Este é o caso de Walkiria de Santos Matos, 35 anos, moradora do município de Fazenda Rio Grande, que aguarda para retirar o útero. “São mais de três anos de espera desde que o meu médico me falou que eu tinha um mioma. Ele avisou que, se não retirasse logo, aumentaria e poderia comprometer outros órgãos. Espero estar na lista e logo ser chamada”, diz.
Dados do governo federal mostram que 62,2% da fila no estado do Paraná poderá ser atendida, o que corresponde a 31.390 procedimentos. Segundo informações da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa), o Paraná já teve seu plano aprovado e o valor total destinado é de R$ 32,6 milhões do programa nacional, liberados por etapas. Na primeira, estão previstos R$ 10,8 milhões.
Os critérios utilizados pelo Paraná, segundo a Sesa, para os procedimentos foram pactuados entre os municípios e o Estado. Esta pactuação estabeleceu os 56 procedimentos cirúrgicos eletivos a serem executados, sendo priorizados os de laqueadura e vasectomia.
Fonte: Brasil de Fato