Sindicato critica inconsistências na gestão da Fundação
Na última quinta-feira (25), reunião do Pleno do Conselho Estadual de Saúde (CES) reprovou as contas da Funeas de 2023. O voto do SindSaúde/PR foi decisivo para que os conselheiros rejeitassem a prestação de contas.
Após pedir vista, o Sindicato se manifestou firmemente apresentando uma lista de questões e requereu respostas da fundação. “Reiteramos a necessidade de revisões mais profundas nos procedimentos e metas adotadas pela Funeas, o que demonstra uma crescente preocupação com o direcionamento na execução das políticas de saúde pública fora da gestão direta da SESA”, diz a diretora Elaine Rodella.
Em duas análises essenciais e complementares, o SindSaúde expôs as divergências na composição das diversas equipes, a inadequação na fixação e cumprimento de metas. Já a análise financeira, buscou compreender os pagamentos e contratações que geram dúvidas quanto à sua adequação e transparência.
A relação custo-benefício de várias despesas foi posta em questão, sugerindo possíveis ineficiências ou mesmo desperdícios de recursos, o que demanda esclarecimentos imediatos por parte da gestão. “Essas perspectivas são cruciais e os esclarecimento necessários, pois reflete diretamente na qualidade do atendimento ao cidadão”, reforça Elaine.
Durante a reunião, o SindSaúde propôs um olhar comparativo entre as metas atuais e de anos anteriores e comprovou-se a desconexão preocupante entre as diretrizes administrativas e a realidade enfrentada pelas unidades sob gestão da Funeas.
foram essas várias inconsistências apontadas pelo sindicato que colaborou para o convencimento da maioria dos conselheiros em votar contra a prestação de contas da Funeas. Uma das questões mais preocupantes apontadas na reunião é a discrepância entre o número de profissionais e as metas de atendimento estabelecidas, o que impacta diretamente a qualidade do atendimento ao paciente.
Mereceu destaque na análise do Sindicato, as promessas não cumpridas. Na época da assinatura do contrato de gestão do Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos (CPPI), a meta era expandir e recuperar a capacidade de produção do Centro, além da construção de indústria de medicamentos. A indústria não existe e a produção de soros caiu a níveis baixíssimos. Essa realidade compromete demais as ações e a evolução do SUS.
Leia aqui a integra do voto do SindSaúde
Fonte: SindSaúde-PR