Ele, que foi autuado por embriaguez ao volante e desacato, continua preso à espera da audiência de custódia. Advogado do servidor nega as acusações e diz que houve hostilidade por parte dos guardas municipais.
A Corregedoria-Geral do Município vai fazer uma análise preliminar do caso do servidor da Secretaria de Fazenda que, na noite de segunda-feira (29), foi preso na avenida Leste-Oeste, nas proximidades do Terminal Central, após fugir de uma abordagem da Guarda Municipal. A abertura da investigação foi confirmada nesta terça (30) em nota pelo Núcleo de Comunicação da prefeitura. No comunicado, o município destaca que a situação “se trata de um ato da vida particular” do funcionário, mas que, apesar disso, o caso vai passar pela análise da Corregedoria. O órgão de controle vai avaliar se a conduta se enquadra nas infrações previstas no Estatuto do Servidor e, consequentemente, se vai ser preciso instaurar um procedimento administrativo disciplinar para a apuração dos fatos.
De acordo com a Guarda Municipal, o servidor, lotado no setor de fiscalização da Secretaria de Fazenda desde 1985, estava em um carro e foi acompanhado pelas viaturas após furar dois sinais vermelhos entre a rua Mato Grosso e a avenida Leste-Oeste. Ayde Lemes da Silva teria desobedecido a ordem de parada das equipes e se rendido só depois de ser cercado pelas viaturas. Os guardas afirmam ainda que foram desrespeitados pelo motorista, e que ele apresentava sinais claros de embriaguez. Dentro do carro, os agentes também encontraram uma garrafa de uísque. Por conta do conjunto de situações, o homem foi detido e encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde acabou autuado por embriaguez ao volante, desacato e desobediência. Como nenhuma fiança foi arbitrada pelo delegado de plantão, ele continua preso. A previsão é de que Silva passe por uma audiência de custódia nesta quarta-feira (31).
Em entrevista à CBN, o advogado do servidor, Mauro Martins, negou todas as acusações. Ele disse que o cliente foi perseguido pelos guardas após ser fechado pela viatura. Segundo o advogado, Silva teria advertido as equipes por conta do suposto ato de imprudência e, depois disso, sido alvo da abordagem. Martins afirmou ainda que os agentes foram truculentos e chegaram a apontar armas contra o servidor, que, assustado, segundo o advogado, realmente se recusou a sair do carro.
Ele também negou que o cliente tenha consumido bebida alcoólica antes de dirigir. Os sinais de embriaguez citados pelos guardas, como os olhos vermelhos, segundo Martins, fazem parte de uma condição de saúde que o servidor possui.
Já a garrafa de uísque, conforme o advogado, estava no carro desde domingo (28), quando o servidor teria participado de uma festa onde teria havido o consumo da bebida.
Fonte: Redação CBN Londrina