O polêmico projeto que permite o funcionamento do comércio varejista 24 horas por dia em Londrina estava na pauta da sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (17), mas foi retirado de pauta por 15 sessões e só deve voltar ao plenário no dia 11 de outubro, após o primeiro turno das eleições. O pedido de suspensão de debate partiu da própria autora da matéria, a vereadora Jessica Moreno, Jessicão (PP), que justificou a necessidade de explicar melhor o objetivo do projeto para a população e os demais vereadores.
Candidata a deputada, a vereadora negou que a retirada do projeto tenha relação com o período de campanha eleitoral. Segundo ela, circulam notícias falsas de que o objetivo do projeto seria escravizar os funcionários do comércio. “Sou totalmente contrária a isso tudo que tem sido propagado pelo sindicato dos trabalhadores. O projeto sobre comércio abrir 24 horas não tem nada a ver com obrigação, mas de liberdade. Nós queremos dar liberdade para um comerciante que queira abrir sua loja para uma promoção no final de semana ou à noite. Porém, essa história de pessoas escravizadas é mentirosa porque estamos em 2022 e existem regras trabalhistas”, respondeu a parlamentar ao justificar que o objetivo principal da proposta é possibilitar abertura de vagas de trabalho em outros turnos ou até aumentar eventuais horas extras. “Até para desmentir essas falácias pedimos a retirada, mas não tem nada a ver com o período eleitoral”, garantiu.
Caso seja aprovada com no mínimo 13 votos dos 19 vereadores, a proposta irá mexer no Código de Posturas Municipal para permitir atividades comerciais durante 24 horas. O projeto já foi debatido em audiência pública com manifestação de diversos órgãos e entidades, entre eles o Sindecolon (Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina), a Diretoria de Fiscalização de Atividades Econômicas da Secretaria Municipal de Fazenda, o Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região) e a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), além da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).
Fonte: Redação Bonde News