Vítimas se conheciam e podem ter falecido por intoxicação. Suspeita de envenenamento também não está descartada
O delegado de Homicídios de Londrina, João Reis, confirmou, em entrevista à CBN nesta terça-feira (11), que investiga a morte dos moradores de rua que deram entrada em unidades de saúde da cidade no final do mês passado alegando os mesmos sintomas: falta de ar e dores no corpo. Um deles faleceu após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do jardim Sabará, na zona oeste, e o outro morreu após passar três dias internado no Hospital Universitário (HU). Um terceiro homem, também em situação de rua, continua internado em estado gravíssimo na instituição. Foi o HU, inclusive, que chamou a atenção para a semelhança entre os casos e levantou a possibilidade de os andarilhos terem sido envenenados.
O delegado disse que investiga, na verdade, três mortes de moradores de rua, mas que, num dos casos, o falecimento teria sido de causas naturais, ocasionado possivelmente por uma tuberculose. Já em relação aos outros dois casos, já citados pela reportagem, Reis confirmou que as vítimas se conheciam e frequentavam os mesmos locais na cidade. Ele afirmou que conversou com diversos moradores de rua, que disseram que os colegas podem ter comido marmitas com veneno. Essa alegação, no entanto, só vai ser confirmada ou descartada depois da realização de exames complementares no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.
Para o delegado, a principal suspeita é de que os moradores de rua tenham morrido por intoxicação involuntária, após o consumo de substâncias como o etanol, normalmente usado por alcoólatras em abstinência, ou drogas ainda mais pesadas.
Fonte: CBN Londrina