A chaminé da Avenida Leste-Oeste viu londrina crescer e se desenvolver nos últimos 90 anos. Feita de tijolo maciço com mais de 15 metros de altura, ela fazia parte da primeira indústria da cidade, a Serraria Mortari, construída no início dos anos 1940.
O espaço foi vendido para uma rede de farmácias e a estrutura da antiga empresa já foi demolida, mas quando foi pra ocorrer a demolição da chaminé, o próprio prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, suspendeu a ação. Nas redes sociais ele deu a notícia, afirmando que “a nossa história precisa ser preservada” e que “a história e o futuro devem caminhar juntos, em harmonia”.
Além de ser a primeira indústria de Londrina, a serraria foi a maior da cidade, e operava com máquinas importadas da Itália e da Alemanha. A madeira trabalhada na indústria, foi exportada para todo o Brasil. Com a chaminé sendo testemunha de toda essa história, o objetivo do poder público é preservar e enaltecer a estrutura, para que não caia no esquecimento. “Preservar a memória é uma coisa que só funciona quando existe significado. E nesse caso, a gente está tendo uma movimentação das pessoas, que chegou até o prefeito e ele foi sensível à isso”, disse Solange Batigliana, diretora de Patrimônio Histórico.
Ainda segundo a diretora, a família proprietária do imóvel procurou a prefeitura para impedir a demolição da chaminé. “Aquele é um bem inventariado, ele está na nossa listagem. Foi feita uma solicitação ao empreendedor, de manutenção e não foi possível. Houve até uma manifestação da família, que buscou o prefeito”, explicou.
Mesmo com o valor histórico para a cidade, a chaminé ainda não é tombada como patrimônio cultural. “Mas ela é um bem de valor histórico para a cidade considerado que aquele lugar marca o início de industrialização da cidade de Londrina”, concluiu Solange.
Fonte: Tarobá News