Os(as) professores(as) enfatizam que o projeto perverte a função social da educação pública
Enquanto o governo Ratinho Júnior tenta avançar em seu projeto privatista da educação, Sindicatos, Universidades, movimentos sociais e sociedade civil cerram fileiras para barrar o modelo.
Reforçando o coro contra o balcão de negócios instalado por Ratinho a partir do edital 02/2022, publicado durante o 2º turno das eleições, docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) lançaram uma carta de repúdio no último dia 26.
“(O edital) desresponsabiliza o Estado da sua função social no atendimento e na gestão da demanda de escolarização de crianças, jovens, adultos e idosos, destitui os fins públicos da educação básica, dissemina a gestão gerencialista e meritocrática da educação pública”, pondera a nota.
Os(as) professores(as) do Departamento de Educação, Comunicação e Artes (CECA) criticaram a proposta absurda do governador e destacaram que o plano tira a responsabilidade do Estado sobre a qualidade da educação pública, pervertendo a sua função social.
O professor Celso Luiz Junior, chefe do departamento de educação da UEL, afirma que a nota foi aprovada com unanimidade pelos(as) docentes que integram o departamento.
“O departamento tem um posicionamento muito crítico ao modelo, pois entendemos que a educação é uma função social, pública e política e que deve ser gerida pelo poder público”, conta Celso.
Já a professora Adriana Medeiros Farias, professora do Departamento de Educação que redigiu a carta, enfatiza que a única finalidade da privatização das escolas é a oferta dos recursos públicos para fins privados.
“O edital aprofunda o processo de privatização inicial com 27 escolas, mas que sinaliza para um processo de privatização ainda maior do espaço público. Nós estamos falando não só da aquisição de recursos públicos para escolas privadas, mas de um projeto político pedagógico no modelo empresarial de educação”, ressalta a professora.
>> Confira a nota na íntegra <<
Vale lembrar que professores(as) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também já se posicionaram contra a privatização das escolas públicas paranaenses.
Em nota, o Setor de Educação e professores(as) do Programa de Pós-Graduação em Educação consideram a medida um desrespeito a gestão democrática e a oferta de um ensino para os(as) estudantes.
Fonte: Redação App Sindicato