Segundo o ministro Paulo Teixeira, encontro foi importante para reforçar o compromisso do governo com a produção de alimentos saudáveis e acessíveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste sábado (17), em Brasília, com a coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). De acordo com a entidade, foi a sétima vez que um presidente da República recebeu o MST – mas apenas a primeira desde o início do terceiro governo Lula.
Com 35 militantes presentes, o movimento – referência na luta pela reforma agrária no Brasil – apresentou diversas reivindicações, conforme nota divulgada à imprensa. Uma das prioridades é dar solução para as famílias acampadas: “O coletivo destacou a atual situação das mais de 65 mil famílias acampadas em todo país, que seguem sonhando com a terra, e das quase 500 mil famílias assentadas, que enfrentam diversas dificuldades para avançar na produção de alimentos”.
Durante a reunião, realizada na Granja do Torto, o MST entregou a Lula o “Plano Agrário”, que propõe o avanço da chamada “Reforma Agrária Popular”. Entre as propostas do documento, estão “políticas ligadas ao assentamento das famílias acampadas, massificação da agroecologia, acesso a crédito para produção de alimentos saudáveis, combate à violência no campo e recuperação ambiental”.
Os sem-terra também pediram o “fortalecimento e reestruturação de órgãos ligados à Reforma Agrária”. Duas estatais foram enfatizadas: o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
O MST presenteou Lula com produtos da reforma agrária, além de plantar mudas de árvores. João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, afirmou que uma nova rodada de diálogo com o presidente está prevista para daqui a “30 a 40 dias”.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o encontro foi importante para reforçar o compromisso do governo com a produção de alimentos saudáveis e acessíveis. “O presidente já conseguiu tirar 24 milhões de pessoas do Mapa da Fome”, registrou Teixeira. “Ainda temos cerca de 9 milhões, mas metade da sociedade ainda não se alimenta adequadamente porque falta produto bom, de qualidade, saudável, na mesa.”
Para o MST, o encontro foi marcado “pelo tom sincero e pela renovação do compromisso com a Reforma Agrária Popular por meio do permanente diálogo”. Em nota, o movimento declarou que a “saída” para o “momento político delicado” do Brasil “passa pela atuação do governo de modo a assegurar a conquista de direitos pela classe trabalhadora e pelo combate à fome por meio da Reforma Agrária”.
Fonte> Portal Vermelha