Ideia é levar em conta o volume de importação de combustíveis em cada região para definir o peso de influência da cotação internacional do petróleo na bomba
A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estuda regionalizar o preço dos combustíveis no Brasil, como uma alternativa ao Preço de Paridade de Importação (PPI), informa o jornal O Globo. Lula é crítico da atual política de preços da Petrobrás.
Com o PPI, o preço dos combustíveis no Brasil é baseado na cotação do petróleo no mercado externo. A ideia da equipe do próximo governo é substituir o PPI por uma “política nacional de preços”, com calibragem regional.
“Haverá uma espécie de valor de referência, a ser criado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas isso seria regionalizado. Segundo fontes, a ideia é mapear áreas de influência das refinarias espalhadas pelo país. A partir disso, seria calculado quanto combustível cada refinaria pode produzir (com base na sua capacidade instalada, por exemplo) e o volume de importação que ela precisa para atender a sua região. Uma fonte explicou que os custos de importação, por exemplo, variam de acordo com a localidade, gerando preços diferentes. Assim, nas regiões em que a importação responde por uma fatia maior do mercado, o preço internacional (algo similar ao atual PPI) teria um peso maior na composição do valor final cobrado nas refinarias”, explica a reportagem.
Há ainda detalhes a serem acertados, como a periodicidade dos reajustes e a forma como se daria a delimitação geográfica das áreas de influência.
O novo governo também pretende criar uma conta de estabilização do preço dos combustíveis para períodos de crise. Para isso, será necessária a colaboração do Congresso Nacional.
“Está em curso também uma estratégia de formação de estoques reguladores, com a estruturação de uma política nacional. Nesse caso, haveria alertas para as distribuidoras sobre os melhores momentos para a compra de combustível”, diz o texto.
Há ainda o objetivo de aumentar a capacidade de refino da Petrobrás.
Fonte: Redação Brasil 247