Ocorreu na noite desta sexta-feira (17) o ato político organizado pelo Levante Popular da Juventude, no seu Encontro Nacional de Militantes. O espaço serviu para debater o atual momento político e eleitoral, além de apontar os desafios para derrotar o bolsonarismo. Estudantes de Universidade Estadual de Londrina (UEL), e membros do Levante Popular da Juventude local participam do evento no Rio de Janeiro.
Dilma Rousseff, ex-presidenta da república, esteve presente no local e realizou uma fala de pouco mais de 30 minutos. Em seu discurso, Dilma, que iniciou sua militância política ainda na adolescência, cumprimentou os 10 anos do Levante afirmando que a esperança de um futuro melhor está na organização da juventude brasileira. Ela também comentou os desafios da atual conjuntura.
“O Levante Popular enfrenta um governo neoliberal e de caráter fascista. E ao enfrentar isso, enfrenta, na sociedade, os terríveis males que isso provoca. Não só o extermínio vergonhoso de parte majoritária da juventude deste país, a juventude negra, mas também o ódio, a violência policial que se espraiaram por este país e que atingiram proporções fantásticas, como a câmara de gás dentro de um carro da polícia, da mão armada do estado”, afirmou.
Na fala, Dilma também ressaltou a importância da organização de comitês populares.
“É importantíssimo que a juventude se organize em comitês populares. É a força do povo organizado capaz de ter estratégia própria, de defender as suas pautas, que são as nossas pautas, que transformarão este país. O presidente Lula é uma pessoa com imensa capacidade de trabalho, com imensa capacidade de gestão e com imensa capacidade política. E é ele que diz ‘sem a força do povo eu não consigo governar’”.
Além de Dilma, estiveram presentes no ato o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), a deputada federal Benedita da Silva (PT), Leidiano Farias representando o Movimento Brasil Popular, Duda Queiroga, presidenta da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ), e Bruna Belaz, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Marina dos Santos, que é integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e pré-candidata a deputada estadual pelo Rio de Janeiro, também celebrou o encontro.
“É muito importante que a juventude leve essa energia que está aqui neste encontro, de alegria, de transformação, de volta para todos os rincões do país, no sentido de a gente celebrar, mas também projetar as transformações que nós vamos conquistar para este próximo período, retomando, principalmente a democracia no país com a eleição de Lula presidente e com a derrocada, por fim, do bolsonarismo”.
Também contribuíram com falas o Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Juventude do PT, o Movimento RUA, a União da Juventude Socialista (UJS), o Coletivo Afronte, dentre outros.
Em nota divulgada pelo movimento, “o ato posiciona o Levante Popular da Juventude politicamente para as eleições a partir de um projeto que de fato construa ‘um Brasil para os brasileiros’, como coloca o mote do evento”. A organização assume o compromisso de “derrubar Jair Bolsonaro e o projeto político genocida que ele representa”.
O Encontro
Planejado desde o final de 2021, o Encontro Nacional de Militantes do Levante Popular da Juventude reúne mais de mil jovens no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Niterói (RJ).
Essa é a primeira atividade nacional do movimento após o início da pandemia causada pela covid-19. Segundo a nota, o evento reúne “jovens das escolas secundaristas, das universidades, das periferias, do campo e da cidade do país que lutam em defesa de uma transformação estrutural da sociedade brasileira”.
Fonte: Brasil de Fato