Paralisação tenta forçar Rafael Greca a modificar plano de carreira enviado pelo Prefeito à Câmara Municipal
As professoras da rede municipal de ensino decidiram retomar nesta quinta-feira (17) a greve de escolas em Curitiba em nome de melhorias no plano de carreira. A primeira paralisação ocorreu no dia 8, e a categoria esperou durante uma semana que a Prefeitura de Curitiba apresentasse propostas que aprimorassem o projeto atualmente em tramitação na Câmara Municipal. Na ausência de respostas, o Sismmac, sindicato que representa as professoras, decidiu suspender mais uma vez as aulas.
O magistério público de Curitiba está há sete anos sem plano de carreira. Na gestão de Gustavo Fruet (PDT), chegou a haver a aprovação de uma lei, mas a implantação do plano foi suspensa logo no início do mandato de Rafael Greca (PSD), em 2019, sob a alegação de que o município não tinha como arcar com os custos envolvidos. Desde então, a categoria esperava um novo projeto.
Agora, a Câmara deve votar a proposta enviada por Greca nos próximos dias – provavelmente já na semana que vem – e as professoras sentem que caso não façam pressão agora, vai haver perdas por muitos anos. No plenário, Greca conta com apoio da maioria dos vereadores, e não deve ter dificuldades para passar a proposta como quiser.
Greve de escolas em Curitiba
O sindicato diz que o plano apresentado pela Prefeitura apresenta uma série de falhas e não valoriza a carreira do magistério, o que levaria a um esvaziamento da profissão. Em parceria com vereadores de oposição, o Sismmac apresentou uma série de emendas que poderiam, na opinião das professoras, melhorar as condições de trabalho, mas é nítido que a Prefeitura pretende simplesmente ignorar o diálogo e aprovar tudo como está.
“A Administração municipal se reuniu com os vereadores da base nos dias 14 e 15, mas ainda não chamou os sindicatos para dar uma resposta sobre as emendas que foram apresentadas para atender as reivindicações das servidoras e dos servidores”, diz nota do sindicato.
Fonte: Jornal Plural