Servidores permanecem firmes em greve, realizando durante todo esse período várias atividades dentro e fora das universidades, demarcando a importância decisiva da ocupação dos espaços da universidade e a mobilização ativa dos grevistas, que também contam com o importante apoio dos estudantes, tanto do ensino médio técnico, quanto da graduação
A greve nacional da educação de servidores em centenas de instituições federais se iniciou no dia 15 de abril e permanece firme em suas reivindicações de reajuste salarial e defesa da profissão e das instituições.
No IFPR de Londrina, os servidores permanecem firmes em greve, realizando durante todo esse período várias atividades dentro e fora das universidades, demarcando a importância decisiva da ocupação dos espaços da universidade e a mobilização ativa dos grevistas, que também contam com o importante apoio dos estudantes, tanto do ensino médio técnico, quanto da graduação.
Cinedebate sobre resistência ao regime militar
Mesmo antes da deflagração nacional da greve, o movimento estudantil, representado pela chapa Edson Luís do grêmio, em apoio aos professores e técnicos organizou um cinedebate do importante documentário Calabouço, sobre a resistência dos estudantes contra o regime militar neste restaurante e complexo estudantil situado na cidade do Rio de Janeiro.
Depois da exibição, foram convidados para a mesa para abrirem as intervenções a Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil (FOB), comitê de Londrina do Jornal AND e o DCE UEM Presente da Universidade Estadual de Maringá.
Foi demarcada a necessidade de luta dos estudantes e a importância da greve de ocupação, bem como a necessidade de se abordar o tema do regime militar no seu aniversário de 60 anos, em contraposição ao atual governo, que afirma que o golpe já é coisa do “passado”.
‘Acabou a paz, isso aqui vai virar o Chile’
Novamente por iniciativa da chapa do grêmio Edson Luís, foi realizado mais um cine debate. Realizado no dia 25 de abril, dessa vez a discussão ocorreu a partir do filme Acabou a paz, isso aqui vai virar o Chile e ficou em torno da importância da tática da greve de ocupação, importante aprendizado histórico das massas estudantis em luta.
Também se abordou a precarização do ensino, da infraestrutura das escolas e também foi criticado o Novo Ensino Médio.
Manifestação no dia 30/4
Às 14 horas, foi organizada uma palestra com a professora Lorena Portes (UEL), que tratou da precarização da Universidade Pública como plano de Estado e não de governo.
Ainda no dia 30 de abril, às 16 horas, em frente ao campus do IFPR em Londrina, os servidores e estudantes realizaram um importante ato em defesa da greve, das suas reivindicações, com bandeiras, faixas, cartazes e palavras de ordem: “a nossa luta, é todo dia, educação, não é mercadoria”.
Para além destas, todas as semanas estão sendo realizadas atividades, que são essenciais para a luta e conquista das reivindicações: são oficinais de cartazes, campeonatos esportivos e diversas palestras, demonstrando a importância de uma greve ativa e que ocupe os espaços da universidade.
Fonte: A Nova Democracia