Objetivo é conscientizar sobre os tipos de violência contra a mulher
O Núcleo Londrina do Grupo Mulheres do Brasil está realizando a distribuição de materiais contendo o Violentômetro, uma espécie de régua que “mede” o grau de violência contra a mulher, indo da chantagem ao modo mais grave e triste, o feminicídio. O Violentômetro integra as ações permanentes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do Núcleo Londrina, intensificadas durante o Agosto Lilás, o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher.
“O objetivo da distribuição do Violentômetro é estimular, por parte de mulheres – e também de homens – uma reflexão a respeito de seu próprio relacionamento ou de alguém conhecido”, afirma a líder do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do Núcleo Londrina Giandra Gorgato. Com esta reflexão a pessoa pode ser capaz de identificar, prevenir ou evitar os comportamentos listados. Muitas vezes por não resultarem em violência física, as vítimas vão tolerando as práticas num crescendo que pode culminar no feminicídio.
A ação está envolvendo voluntárias do Núcleo e todos aqueles que se interessarem em afixar cartazes, distribuir cartões de conscientização e ímãs de geladeira. Os cartazes já foram colados em vários estabelecimentos e os cartões e os ímãs estão sendo distribuídos em eventos e entre conhecidos. Entre os locais onde já foram colocados cartazes estão o Ceebja, Praça do IPTU, 12ª Promotoria de Justiça, UTFPR, UEL, Cadeia Pública, Sine, Conselho Tutelar Sul, Independência Bar, Valentino, Cativeiro, Posto Cotovelo, Sabor & Ar, Livraria Olga, Cadeia Feminina de Londrina, Sanepar, Centro de Oficinas para Mulheres, entre outros. Nos cartões e ímãs há o telefone 190, de socorro mais imediato, e nos cartazes, um QR Code que abre imediatamente o WhatsApp do Disque Denúncia, possibilitando a identificação do agressor.
A prática e as estatísticas mostram que, com o tempo, o risco de agravamento do comportamento violento aumenta, os episódios podem ficar mais frequentes e graves, podendo levar a danos permanentes à saúde física e mental, e até à morte. Por isso, quanto antes a agressão for identificada, melhor. Segundo dados do Laboratório de Estudos de Feminicídio (Lesfem), do qual a Universidade Estadual de Londrina (UEL) faz parte, o Paraná é o terceiro estado com maior número de casos feminicídios no País – foram 62 mulheres assassinadas somente de janeiro a junho deste ano.
A iniciativa de distribuição do Violentômetro faz parte das ações globais do Grupo Mulheres do Brasil e, além do apoio da sociedade civil, de instituições públicas e de donos de estabelecimentos que estão apoiando a ideia e cedendo espaço para o material ser afixado.
SOBRE O GRUPO MULHERES DO BRASIL
O Grupo Mulheres do Brasil é um movimento político suprapartidário, criado em 2013 e presidido pela empresária Luiza Helena Trajano, que reúne mais de 118 mil mulheres que sonham e trabalham voluntariamente por um Brasil melhor. Nos organizamos em 154 Núcleos locais, 115 em cidades brasileiras e 39 no exterior, em 23 países. Entre nossas pautas prioritárias estão a valorização da educação, o combate à violência contra a mulher, igualdade racial e a defesa do Sistema Único de Saúde.
O Núcleo Londrina começou suas atividades em outubro de 2020 e realizou sua primeira reunião online aberta às mulheres da cidade no dia 10 de dezembro de 2020. O Núcleo local tem como líder fundadora a arquiteta Charlene Tófano, e como líderes colegiadas a professora universitária Samara Headley, a consultora empresarial Caroline Moya de Morais, a administradora de empresas Vanessa Tófano e a jornalista e atriz Nilma Raquel Silva.
Como participar: todas as mulheres são bem-vindas, basta cadastrar-se pelo www.grupomulheresdobrasil.org.br. Siga também @grupomulheresdobrasillondrina no Instagram e envie uma DM, se tiver alguma dúvida.
Fonte: Portal Bonde