Superintendente do HU diz que, apesar de ser referência apenas para casos mais graves, unidade tem atendido todo o tipo de demanda, inclusive a que não é absorvida pela chamada atenção primária
O Hospital Universitário (HU) de Londrina tem atendido, em média, cerca de cem pacientes todos os dias. A informação foi repassada pela própria assessoria de imprensa da instituição, que, por conta da grande demanda, voltou a registrar um cenário de superlotação esta semana. O aumento na procura teria sido causado pelos casos de dengue e as doenças respiratórias. Na quinta-feira (1º), o pronto-socorro, que tem 48 leitos oficialmente cadastrados junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), dava abrigo para 135 pacientes, sendo 116 internados e 19 em atendimento. Ou seja, a unidade está operando com praticamente o triplo de sua capacidade máxima. Por conta disso, algumas pessoas estão sendo acomodadas em macas e até cadeiras nos corredores.
Ainda na nota, o hospital informou que o atendimento tem como premissa dar prioridade aos casos com maior gravidade, “sendo assim, todos os pacientes são classificados e atendidos conforme o grau de risco e cor, de acordo com o Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco, do Ministério da Saúde”. Apesar da superlotação, a unidade continuou com o atendimento e de portas abertas tanto para pacientes regulados em casos graves de risco iminente de vida como para quem busca o pronto-socorro por conta própria. Nestes casos, normalmente o paciente apresenta um quadro mais leve de saúde e, consequentemente, precisa esperar mais para ser atendido.
No comunicado, o HU confirmou que alguns pacientes foram acomodados em poltronas e macas no corredor, “condição que a instituição entende não se tratar da ideal acomodação hospitalar”. O hospital garantiu, por outro lado, que, “a partir do momento em que ocorrem altas hospitalares dos pacientes nas enfermarias ao longo do dia”, os leitos passam por limpeza e são destinados para a transferência dos que estão acomodados nos corredores. A instituição garantiu também que, independentemente da acomodação, o atendimento oferecido é o mesmo para todos, com “realização de exames laboratoriais ou de imagem, procedimentos médicos, dentre outros”.
A superintendente do HU, Vivian Feijó, confirmou a superlotação, mas argumentou que a situação sempre fez parte do cotidiano de um hospital que é referência para todo o interior do estado. Ela também destacou que, apesar de ser indicado apenas para casos de urgência e emergência, o HU tem atendido todo o tipo de demanda, inclusive a que deveria ser absorvida pela chamada atenção primária.
Fonte: CBN Londrina