No último dia 8 de janeiro, um incêndio destruiu por completo o maior barracão de reciclagem da ocupação Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Aparecidinha, zona Norte de Londrina. O ocorrido não apenas destruiu a infraestrutura do local, mas também comprometeu as fontes de renda de trabalhadores que dependem da reciclagem para sustentar suas famílias.
Jéssica de Fátima Lúcio, proprietária do barracão, conta que o fogo foi iniciado do lado oposto do terreno, onde se armazenava soja, sendo impulsionado pelas condições climáticas adversas, especialmente, pelos fortes ventos. “Perdemos tudo, perdemos o barracão, perdemos o material que foi coletado na rua, perdemos os materiais prontos que os funcionários fizeram para fazerem os pagamentos, perdemos tudo”, diz.
A estratégia da equipe era estocar recicláveis em dezembro para vendê-los em janeiro, garantindo o pagamento de nove funcionários e cobrindo as despesas operacionais, incluindo a manutenção do caminhão utilizado para transporte. No entanto, o incêndio ocorreu um dia antes da venda acertada, resultando em prejuízos financeiros e deixando os trabalhadores sem pagamento.
Como ajudar
Até o momento, a organização conseguiu arrecadar doações equivalentes a R$ 3 mil. Essa quantia permitiu pagar parcialmente os funcionários e adquirir itens básicos para a sobrevivência das famílias afetadas. No entanto, como as necessidades persistem, os trabalhadores ainda precisam do auxílio da comunidade.
“Eu queria pedir ajuda de vocês, se vocês conseguiram ajudar a gente, porque são muitas famílias que precisam. Precisamos de ajuda de material de construção, telhas, madeiras, precisamos de todos os materiais para levantar o barracão, conseguimos um tantinho”, pontua Jéssica.
As arrecadações incluem materiais de construção, como telhas e madeiras, para permitir a proteção do barracão. Doações de cestas básicas e contribuições financeiras via PIX (CNPJ 50572959000170 – MEI Competitiva) são pedidas para auxiliar na recuperação completa do espaço e no pagamento integral dos funcionários.
“Porque a gente faz um trabalho de limpeza da cidade, mas a gente não é muito bem visto, mas a gente não se envergonha de pegar reciclagem, a gente tem orgulho do trabalho que a gente faz, que todos nós somos trabalhadores honestos. Todo mundo acorda cedo para conquistar o ponto de cada dia, e é difícil ir trabalhar, sair para a hora do almoço e de repente voltar com tudo pegando fogo. É muito, muito triste, é muito triste mesmo”, finaliza.
Para mais informações de como e onde ajudar, entre em contato com o telefone (43) 98405-6320 – Jéssica de Fátima Lúcio.
*Matéria da estagiária Joyce Keli dos Santos sob supervisão.
