Ele alegou que o disparo foi acidental. Polícia entende, no entanto, que rapaz assumiu o risco de matar a jovem no momento em que apontou a arma para ela
A Delegacia da Mulher de Arapongas, na região metropolitana de Londrina, concluiu o inquérito da morte da jovem Alanis Hazielly Corniani, de 18 anos, encontrada já sem vida, com um tiro no peito, na casa onde morava com a prima, no jardim Universidade, em Arapongas, na segunda-feira (27) da semana passada. O disparo teria sido efetuado pelo namorado dela, preso logo após cometer o crime. O rapaz, identificado como João Marcos Ribeiro, de 19 anos, foi indiciado por feminicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Em depoimento, ele disse que fez um disparo acidental e que não tinha a intenção de assassinar a namorada. A polícia entendeu, no entanto, que o acusado assumiu o risco de matá-la no momento em que apontou a arma para ela.
Durante as investigações, a polícia também verificou que o casal tinha um relacionamento conturbado, e que o rapaz era muito ciumento. Outra informação desmentida ao longo do inquérito foi a de que ele nunca tinha tido contato com a arma de fogo antes. A delegacia conseguiu ter acesso a um vídeo que mostra o acusado manuseando o armamento, de propriedade do pai dele.
Também foi levado em conta, no processo, o depoimento da prima de Alanis, que estava na casa no momento em que a jovem foi morta. Ela confirmou que o rapaz, apesar de advertido, não teve cuidado algum em manusear a arma, que acabou disparando durante uma suposta brincadeira.
A CBN não conseguiu contato com o advogado do acusado. Ele teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça e continua detido. Nós também procuramos a delegada da Mulher de Arapongas, Camilla Costa, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta reportagem.
Fonte: CBN Londrina