Com início no Dia da Favela, celebrado no próximo sábado (4), atividades seguem até quarta-feira (8) em todas as regiões da cidade
A Semana da Favela Londrina, evento que busca valorizar a cultura das quebradas, está chegando. Integrando a programação, que inicia no próximo sábado (4) e segue até quarta-feira (8), os organizadores Conexões Londrina, coletivo representante da CUFA (Central Única das Favelas) no município e. corre, aplicativo londrinense que privilegia negócios e artistas locais, irão promover mutirão de vacinação contra a gripe.
A imunização acontece na segunda-feira (6), durante a Feira CriaAtiva, que reunirá produtos e serviços ofertados pelos trabalhadores das periferias. O encontro será na Praça da Juventude da zona Sul (Av. Guilherme de Almeida, jardim Ouro Branco) a partir das 14h.
A campanha será ofertada em parceria com a Clínica Santa Gianna. É a segunda vez que a entidade, que está há três anos em Londrina, participa da Semana da Favela. A primeira foi em 2021, conforme conta a farmacêutica Luciana Bonilha. “Foi uma experiência extremamente gratificante, muito diferente da rotina em que nós vivemos dentro de uma clínica privada e que nos enriqueceu muito. Por isso, estamos de novo aceitando o convite com todo prazer para a Semana da Favela de 2023”, indica.
A profissional, que também é proprietária da Clínica, destaca que a finalidade é contribuir para a imunização de camadas mais vulneráveis. “O nosso maior objetivo com a participação neste evento é efetivamente levar proteção à população, especialmente, uma proteção aumentada a quem no dia a dia não tem condição de vir até nós, então, nós vamos até a população da favela levar esta proteção”, observa.
“A nossa expectativa é que realmente as pessoas participem, venham se vacinar, que garantam esta proteção, principalmente, nas faixas etárias de crianças e idosos, que são os mais suscetíveis à gripe, que é porta de entrada para outras doenças graves”, acrescenta Luciana.
De acordo com a farmacêutica serão disponibilizadas gratuitamente doses da vacina tetravalente da gripe, que exclusiva da rede privada. Segundo ela, o imunizante se diferencia da vacina oferecida pela rede pública por combater uma cepa a mais do vírus Influenza.
A vacina é indicada para todas as pessoas a partir de seis meses de vida, principalmente, aquelas que têm maior risco para infecções respiratórias e podem ter complicações e a forma grave da doença. A estimativa é que 80 doses sejam aplicadas. Em média, o valor de cada dose é R$ 110.
“Hoje, nós sabemos que a gripe não é uma doença de inverno, lógico que a vacina tem uma campanha iniciada no inverno porque é o momento onde as pessoas ficam em ambientes mais fechados e a disseminação do vírus acaba sendo facilitada, mas nós tivemos surto de gripe no ano passado em novembro e dezembro. Ainda, temos muitos casos de H1N1, de pessoas hospitalizadas, então, é importante que a população se proteja durante todo o ano”, reforça.
Além da campanha de vacinação, durante a Semana da Favela 2023, diversos pontos da cidade serão palco de múltiplas atividades como batalhas de rima, contação de histórias, oficinas de fotografia, grafite, entre outras ações que procuram divulgar as experiências desenvolvidas pelas comunidades (acompanhe programação completa aqui).
“Esse evento é de extrema importância não só por levar conhecimento, informação, suporte até a favela, mas o que é mais importante é que tudo isso traz à tona a potencialidade das pessoas da favela, faz com que as pessoas entendam que elas são capazes e podem conseguir o que almejam”, assinala Luciana.
A ação possui apoio institucional da Prefeitura de Londrina e patrocínio do Banco24Horas. Para mais informações, acompanhe a página oficial do evento no Instagram, disponível aqui.
Serviço:
Mutirão contra gripe – Semana da Favela Londrina 2023
Local: Praça da Juventude da zona Sul (Av. Guilherme de Almeida, jardim Ouro Branco)
Horário: 14h
Contato: (43) 99185-1976 (Elsa Caldeira) e (43) 99601-0264 (Franciele Rodrigues)
Franciele Rodrigues
Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.