O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a sua primeira visita ao Paraná nesta semana para a posse do petista Enio Verri, que assumiu a diretoria-geral da Itaipu Binacional, mas além da cerimônia protocolar em Foz do Iguaçu, Lula se reuniu com aliados para discutir o novo modelo do pedágio paranaense, que entrou em rota de colisão com a proposta estadual ainda no processo de transição presidencial.
A posição oficial do Governo do Paraná é que o modelo começou a ser discutido em 2019, já passou por audiências públicas, pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e agora está na fase de ajustes finais.
Esse modelo foi construído entre os aliados políticos, o governador Ratinho Junior (PSD) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, por se tratar de rodovias federais, a licitação do Anel de Integração, que foi explorado por 25 anos por concessionárias e teve um modelo estadual marcado por altas tarifas, obras não entregues e escândalos de corrupção, precisa da anuência do governo federal, responsável por lançar o edital para o leilão dos lotes.
O deputado estadual Arilson Chiorato (PT), que fez parte da equipe de transição do governo Lula no setor de infraestrutura e estava em Foz do Iguaçu, afirmou que o primeiro objetivo do presidente é garantir um orçamento ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para manutenção das estradas federais no Paraná.
Assim, seria possível discutir um novo edital com mais tempo para tornar o certame “mais atrativo para aumentar a concorrência e baixar a tarifa”.
“Já foram liberados R$ 431 milhões para a manutenção das rodovias, três vezes mais do que estava previsto no ano passado. Os reparos na BR-277 que começaram nesta semana já são provenientes desses recursos”, afirmou.
Fonte: Portal Bonde