Seria uma forma de atender aos pedidos de Jair Bolsonaro, que tumultua o processo por estar atrás nas pesquisas
Os militares brasileiros, que foram arrastados para o golpismo por Jair Bolsonaro (PL), encontraram uma forma de atender aos apelos do chefe. Eles cogitam fazer uma apuração paralela das eleições, a partir dos boletins impressos das urnas eletrônicas.
“Representantes das Forças Armadas já discutem como realizar uma contagem paralela de votos nas eleições deste ano – medida que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem cobrado desde abril. Em conversas reservadas, integrantes do Ministério da Defesa admitiram, pela primeira vez, que estão se preparando para a tarefa. O mais provável até agora é que uma contagem patrocinada pelos militares use os boletins impressos pelas urnas eletrônicas após o encerramento da votação”, informa o jornalista Felipe Frazão, no Estadão.
“Além dos boletins de urna (BUs), outra alternativa avaliada para a contagem paralela seria ter acesso a dados retransmitidos pelos tribunais regionais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os boletins de urna são registros do resultado de cada equipamento, impressos ao fim da votação. Indicam a quantidade de votos recebida por candidato e partido, nulos e brancos. Internamente, esses votos ficam registrados digitalmente na mídia das urnas, embaralhados para impedir a identificação do eleitor e criptografados”, esclarece o repórter.
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no dia 28 de julho, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 18 pontos percentuais de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), o segundo colocado. De acordo com os números, o petista chega a 47% dos votos, contra 29% do seu adversário. Nos votos válidos, o petista conseguiu 52%, o que aponta vitória em primeiro turno.
Fonte: Brasil 247