Empresas já pediram para que CMTU inicie a análise da planilha de custos do sistema. Atualmente, prefeitura subsidia valor em 4 reais
Os trabalhadores do transporte coletivo aprovaram nesta segunda-feira (12) a proposta apresentada pelas empresas para o próximo acordo coletivo da categoria. Dos 595 participantes, 552 votaram a favor do que foi sugerido, um índice de 95% de aceitação. Foi oferecido reajuste salarial de 6,5% para zerar as perdas da inflação e aumento do tíquete alimentação de 450 para 590 reais. Neste ano, segundo José Faleiros, que é presidente do Sinttrol, o sindicato que representa os trabalhadores, a categoria enfrentou bem menos resistência das concessionárias para a negociação das melhorias na comparação com o que ocorreu em anos anteriores.
O acordo coletivo é importante para o início da análise da planilha de custos do serviço prestado pelas empresas do transporte coletivo. As concessionárias, inclusive, já protocolaram pedido na CMTU para que as despesas do sistema passem por revisão, que ocorre anualmente. A avaliação técnica é crucial para definição do valor da passagem de ônibus para o próximo ano.
Vale lembrar que, atualmente, o londrinense paga 4 reais para andar de ônibus, 25 centavos a menos na comparação com o que era desembolsado no ano passado. A redução foi custeada pela prefeitura, que liberou um subsídio de 25 milhões de reais para abater R$ 1,45 de cada tarifa que entra no sistema. Ou seja, sem o aporte, a passagem seria de R$ 5,45. Para o próximo ano, além de garantir o reajuste salarial aos motoristas, as empresas vão recompor a frota com 70 novos veículos. O aumento no valor do combustível e os gastos com insumos também devem pesar na planilha. A CMTU pretende começar a analisar os custos apenas no fim do ano, para avaliar a inflação de todo o exercício. Faleiros garantiu que o sindicato dos trabalhadores vai acompanhar a situação de perto.
Há a possibilidade de a prefeitura baixar um novo aditivo para manter o valor da passagem como está. A decisão pode ser tomada para que o londrinense continue tendo interesse em utilizar o sistema, que sofreu com a perda massiva de usuários durante a pandemia. No entanto, ainda não há nenhuma definição em relação a esse caso.
Fonte: Redação CBN Londrina