Inmet atualizou alerta de perigo e aumentou prazo de possível duração do evento climático
O calor extremo que já atingia o Sudeste e o Centro-Oeste desde o fim da semana passada deve se ampliar a chegar a partes de todo o país. Nesta segunda-feira (13), O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou uma nova versão do alerta para temperaturas extremas. A imensa faixa vermelha de risco já abrange partes do Sul, Norte e Nordeste.
Segundo o informe do Inmet, a onda de calor também se potencializou em tempo de duração, e deve seguir pelo menos até sexta-feira (17). São mais de 2,7 mil municípios em situação de grande perigo para altas temperaturas. Milhares deles também estão em alerta para baixa umidade.
O alerta anterior do Inmet previa temperaturas altíssimas para cinco estados e o Distrito Federal. Na lista estavam São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. Segundo a atualização publicada nesta segunda, regiões do Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Piauí, Tocantins, Amazonas e Rondônia também entraram na lista.
O Inmet alerta que, em todas essas regiões, as temperaturas podem ficar até 5 graus mais altas que a média, com riscos para a saúde. O instituto orienta que a população procure a Defesa Civil em caso de problemas e para orientações por meio do telefone 199. A população precisa se proteger do sol, beber água e evitar exercícios e esforços físicos prolongados, principalmente nas horas mais quentes do dia.
Embora o alerta geral do órgão preveja a permanência do evento climático até sexta-feira, a MetSul meteorologia informou que, em alguns locais, o fenômeno pode durar até duas semanas. Segundo as medições da iniciativa, as condições atmosféricas podem se assemelhar aos registros de alguns dos lugares mais quentes do mundo, como os desertos do sudeste dos Estados Unidos e do Oriente Médio.
A onda de calor deve superar os dois eventos semelhantes registrados em setembro e outubro, tanto em intensidade quanto em duração. A máxima histórica nacional deve atingir novo recorde. Até hoje, o registro mais expressivo foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em novembro de 2020. Os modelos da MetSul projetam que a temperatura dos próximos dias vai superar essa marca.
Tempestades
Enquanto isso, a região Sul do Brasil segue enfrentando chuvas excessivas e alagamentos. As tempestades vão continuar ocorrendo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Segundo informe da MetSul, o cenário tem tudo a ver com o calor excessivo que vem do centro do país e do Norte da Argentina.
“O ar muito quente bloqueia a instabilidade e chove muito na periferia da massa de ar superaquecida. Como o Norte e o Noroeste gaúcho assim como grande parte de Santa Catarina e do Paraná estão com tempo aberto sob o ar muito quente, a chuva intensa se dá em cidades do Oeste, Centro, Sul e o Leste gaúcho”, explica a nota.
Outras áreas do Brasil também podem registrar tempestades nos próximos dias, incluindo os locais que estão enfrentando o calorão. Segundo o Inmet, ainda nesta segunda, a chuva pode vir acompanhada de ventos de até 60 quilômetros e granizo em regiões do Rio de Janeiro, como Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Volta Redonda.
As tempestades também podem atingir municípios do Acre, de Rondônia e do Amazonas. Entre eles estão as capitais Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) e as Terras Indígenas do Alto Rio Negro e do Vale do Javari (AM)
Fonte: Brasil de Fato