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Operários da trincheira Leste-Oeste e Rio Branco já paralisaram os trabalhos seis vezes desde o início deste ano

Em todas elas, protesto foi realizado para pressionar empreiteira pelo pagamento do FGTS de funcionários que tinham sido dispensados. População cobra fiscalização mais efetiva por parte da prefeitura

A CBN fez um levantamento nesta segunda-feira (21) sobre quantas vezes os operários da trincheira das avenidas Leste-Oeste e Rio Branco, em Londrina, cruzaram os braços desde o início deste ano. Contando com a paralisação desta segunda, foram seis protestos realizados pelas equipes em 2023: dois em fevereiro, um em março, mais dois no mês passado e esse de agora. Em todas as oportunidades, os trabalhadores paralisaram o serviço para pressionar a empreiteira responsável pelo pagamento do FGTS a colegas que tinham sido dispensados. Nesta segunda-feira, os depósitos foram realizados no início da tarde. Só depois disso o trabalho foi retomado no canteiro de obras, que ficou parado por cerca de cinco horas.

O impasse, que já seria negativo em qualquer contexto, se torna ainda pior nas obras da trincheira, que têm sofrido com recorrentes atrasos desde o início do serviço, há dois anos e meio. Por conta disso, a prefeitura já concedeu três aditivos de prazo à empresa responsável, jogando a entrega da trincheira de janeiro para junho deste ano, depois de junho para novembro e, por fim, de novembro para dezembro. A empreiteira alega que as chuvas, a dificuldade para a compra de material de construção e os ajustes feitos no projeto da obra dificultaram o andamento dos trabalhos e, consequentemente, atrasaram o cronograma. Por outro lado, vistoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizada em maio deste ano aponta que o número insuficiente de operários e a falta de uma fiscalização eficaz por parte da prefeitura também contribuíram para o registro dos problemas. O TCE destaca, inclusive, que, pelo ritmo atual dos trabalhos, a trincheira só vai ficar pronta em maio do ano que vem.

Pelas ruas da cidade, o descontentamento por parte da população com os atrasos é nítido. O eletricista Pedro de Jesus Diniz destacou que a obra inacabada gera prejuízos tanto aos motoristas que precisam passar pelo trecho como para os comerciantes do entorno, lembrando que muitos deles chegaram a fechar as portas nos últimos meses por conta dos transtornos.

O autônomo Valmir da Silva também lamentou os problemas e disse que a prefeitura precisa fiscalizar o andamento dos trabalhos e punir a empresa em caso de irregularidades.

Em nota, a prefeitura confirmou que a paralisação desta segunda foi gerada pela falta do pagamento do FGTS a operários dispensados, e que a situação foi regularizada no início da tarde. Sobre o andamento dos trabalhos, o município garantiu que o cronograma ganhou novo fôlego nas últimas semanas, e que as obras, orçadas em mais de R$ 35 milhões, serão entregues até o final deste ano.

Fonte: CBN Londrina

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