O Paraná aparece como o segundo estado no ranking nacional de estelionatos em 2023. Os dados são do Anuário da Segurança Pública, divulgado neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 18 de julho, e mostram os números nacionais de 2023. De acordo com o anuário foram registrados no Paraná 145.205 casos em 2023, 8,23% a mais que os 134.154 registrados em 2022.
À frente fica apenas o estado de São Paulo com 750.430 estelionatos registrados pelo Anuário. Minas Gerais ficou em terceiro com 141.649 casos seguido do Rio de Janeiro, com 141.649 casos.
Os dados do anuário revelam também que houve um aumento no número de estelionatos no país também aumentou. Foram 1.965.353 casos em 2023; 8,2% a mais que o ano anterior. A média foi de 224 golpes por hora, mais de 3 por minuto, segundo o Anuário.
Estelionatos digitais
Os casos de estelionatos digitais ficaram mais comuns depois da pandemia. De acordo com o Anuário da Segurança, foi registrado 1 caso a cada 2 minutos em 2023 no Brasil. Foram 235.393 ocorrências, 13,6% a mais que 2022.
O porta-voz do Fórum Rafael Alcadipani explicou a migração pela possibilidade de ‘ganho’ e menor exposição do criminoso. “Outro aspecto é que, como não há possibilidade de estar presente em cada lugar, o criminoso pode montar um esquema com ‘robôs’ e atingir várias vítimas ao mesmo tempo”, comentou.
Como se proteger de estelionatários no meio digital
Na dúvida, não clique: cuidado com links maliciosos
A dica é desconfiar de links de origem desconhecida, mesmo quando enviado por pessoas conhecidas. Os aplicativos mensageiros (tipo WhatsApp e Telegram) e e-mails são as origens mais comuns de links maliciosos.
Neste caso, é preciso estar atento a três elementos no endereço eletrônico: possuir o https (o s final significa seguro), o cadeado na barra de navegação e a inscrição site seguro. Se não encontrar, não compartilhe seus dados pessoais nem financeiros.
Devo, não nego, pago quando confiar: confira os dados no boleto
O boleto é um meio de cobrança bastante útil para efetuar pagamentos. O sistema de compensação tornou-se tão popular no Brasil que até virou meme na Internet com ironias e piadas sobre “trabalhar para pagar os boletos”. E, onde há popularidade, há oportunismo criminoso.
A geração de boletos falsos tem sido uma modalidade criminosa bem comum. Os golpistas geram um boleto e inserem dados bancários falsos. O boleto tem o nome do banco, a logomarca do banco, o nome e CNPJ do beneficiário, portanto, para ter certeza de que está pagando o documento certo, confira se se os três primeiros números do código de barras remetem para o banco emissor, se o CNPJ e o nome da empresa estão corretos e esteja atento a erros de português. Na dúvida, consulte o recebedor antes de pagar para não perder dinheiro.
Use o cartão virtual
O golpe do cartão clonado acontece pelo roubo dos dados financeiros do seu cartão de crédito.
A fraude começa quando a vítima insere o cartão em uma máquina física adulterada para sequestrar dados em caixas eletrônicos ou máquinas de pagamento, quando você acessa um site falso e fornece as informações ou mesmo quando criminosos invadem softwares de e-commerce que armazenam na memória online os dados de crédito. Para evitar o risco nas compras em estabelecimentos físicos, opte por cartões de crédito com chip e tecnologia de pagamento por aproximação. Nos caixas eletrônicos, sempre que possível, cadastre o login por dados biométricos (como a digital ou a palma da mão).
Já nas compras online, utilize o cartão virtual único, ou seja, solicite ao banco a geração de um número novo para cada compra. Normalmente, se a instituição financeira oferece o serviço, o cartão virtual é acessado via aplicativo de Internet Banking.
Fonte: Bem Paraná