Pesquisador diz que situação piorou por conta das queimadas em outros locais, como Amazônia e Pantanal
O Paraná está com nível considerado “muito alto” de poluição, segundo um acompanhamento feito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). O estado tem, no total, 11 estações que monitoram a qualidade do ar, que, conforme as medidas, está muito ruim.
O pesquisador Felipe Baglioli aponta que a qualidade piorou principalmente pelas recentes queimadas, mas diz que há ‘mistura’ de mais coisas no ar que respiramos.
“Além das questões meteorológicas, como falta de chuva e o tempo seco, temos a fuligem das queimadas da Amazônia, do Pantanal e até de outros países. A composição dessas partículas varia muito, mas tem muita coisa, desde areia, carbono, microplásticos. A gente tá respirando isso”, comenta.
Segundo o técnico da Qualidade do Ar do Instituto Água e Terra (IAT), João Carlos Oliveira, da última sexta-feira (6) até esta segunda (9), houve um aumento considerável de poluentes no ar, levando o Paraná a uma “situação que não é recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”.
Emergência
Na semana passada, o governador Ratinho Junior (PSD) decretou situação de emergência por causa da estiagem. Em agosto, o estado teve cerca de 20 mil focos de calor, seis vezes mais do que julho.
Simepar prevê temperaturas altas no Paraná ainda em setembro — Foto: Jonathan Campos/AEN
O decreto autoriza a dispensa de licitação em contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à estiagem pelo prazo máximo de seis meses.
Queima no campo
Outra medida anunciada pelo governo estadual para tentar evitar incêndios foi a suspensão de qualquer queima controlada no campo. A medida vale por 90 dias.
A determinação inclui o método usado para a despalha de cana-de-açúcar. O decreto, que foi publicado em Diário Oficial, prevê ainda que as usinas de produção de açúcar e álcool ficam responsáveis por comunicar sobre a proibição aos fornecedores de matéria-prima.
Fonte: G1 Paraná