Nas eleições presidenciais de 2006 e 2010, Lula e Dilma Rousseff venceram as eleições; em 2014 e 2018, a direita teve mais votos com Aécio Neves (PSDB) e Bolsonaro
As eleições deste ano marcou um recorde no número de brasileiros que vão votar do exterior. Ao todo, são 697 mil, mais que o dobro do registrado em 2014 (354 mil) e 39% maior do que em 2018. Um dos motivos seria o aumento no número de pessoas que resolveram deixar o país especialmente sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Já no ano de 2020, 4,2 milhões saíram do Brasil, dos quais 1,3 milhão para a Europa. Em 2012, havia 2 milhões nessa situação, número que subiu para 3 milhões em 2016. Hoje, a Europa abriga 307 mil, entre eles 246 mil na União Europeia, 34 mil no Reino Unido e 24 mil na Suíça.
Entre esse eleitorado, a abstenção tem sido bem maior do que a média nacional nas últimas duas eleições: 60%, contra 20% no Brasil. Neste ano, os maiores colégios eleitorais estão em Portugal, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, Suíça, França, Irlanda, Holanda e Bélgica.
Lisboa, a capital portuguesa, concentra a maior quantidade de brasileiros aptos a votar: 45,2 mil. Miami e Boston, nos Estados Unidos, vêm na sequência com, respectivamente, 40,1 mil e 37,1 mil eleitores. Em Nagoia, no Japão, são 35,6 mil brasileiros, e em Londres, na Inglaterra, 34,4 mil.
Nas últimas disputas presidenciais, a esquerda teve a preferência nos anos de 2006, com Lula, e 2010, com Dilma Rousseff. A onda antipetista também atingiu os brasileiros do estrangeiro, e em 2014, a maioria votou em Aécio Neves (PSDB). O mesmo ocorreu em 2018, quando Bolsonaro também venceu com patamar similar ao registrado internamente: 55%.
Os eleitores que vivem fora do Brasil podem votar neste ano em embaixadas, consulados e repartições diplomáticas espalhadas por 159 cidades de 97 países; 21 cidades onde não há embaixadas ou consulados também terão locais para o pleito.
Neste ano, haverá 989 urnas eletrônicas no exterior e 29 urnas de lona para locais onde há entre 30 e 99 eleitores aptos. Quem vive no exterior pode votar apenas para presidente. E lá fora como aqui, os brasileiros com domicílio eleitoral no exterior que não puderem comparecer no dia da eleição deverão justificar a ausência. Isso pode ser feito pelo e-Título, pelo Sistema Justifica ou por meio do formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral (a ser entregue após a eleição).
Fonte: Redação Portal Vermelho