Segundo PM, câmeras estão sendo utilizadas ‘em atividades com maior interação com a população’. Equipamentos são ligados no momento que saem do local de carregamento
A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) começou um teste operacional com 300 câmeras corporais na segunda-feira (8), afirmou a corporação em comunicado nesta terça-feira (9).
Os equipamentos em teste foram distribuídos para:
- Curitiba
- Cascavel
- Maringá
- Londrina
- Ponta Grossa
- São José dos Pinhais
- Colombo
- Paranaguá
A PM não informou nesta terça (9) quantas câmeras foram distribuídas para cada cidade, mas, anteriormente, a corporação havia informado que a distribuição dos itens ocorreria da seguinte forma:
- Polícia Rodoviária Estadual (PRE) – 60 no total, sendo 20 para Londrina, 20 para Cascavel e 20 para Maringá
- Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) – 24 no total
- 13º Batalhão da PM de Curitiba – 24 no total
- 23º Batalhão da PM de Curitiba – 24 no total
- 5º Batalhão da PM de Londrina – 24 no total
- 4º Batalhão da PM de Maringá – 24 no total
- 1º Batalhão da PM de Ponta Grossa – 24 no total
- 17º Batalhão da PM de São José dos Pinhais – 24 no total
- 22º Batalhão da PM de Colombo – 24 no total
- 9º Batalhão da PM de Paranaguá – 24 no total
A corporação não detalhou também em quais ações policiais as câmeras serão utilizadas na fase de teste, mas disse que os equipamentos “sendo aplicados no serviço operacional, em atividades com maior interação com a população”.
Na segunda-feira (8) os equipamentos em teste foram vistos durante ação da PM em Londrina contra uma dupla suspeita de fazer 14 pessoas reféns em um loja no centro da cidade.
Custo
Os aparelhos foram alugados, com custo anual de R$ 1.008.000,00, ou R$ 84 mil por mês .
A polícia assinou, em novembro de 2023, um contrato com a empresa Tronnix Soluções de Segurança LTDA., de Goiânia (GO), que é a fornecedora.
Funcionamento e armazenamento
A corporação afirmou que a gravação das câmeras inicia assim que os equipamentos são removidos do local de carregamento da bateria, restando ao policial que a utilizar apenas acionar o áudio em ações de “interesse público”.
Segundo a PM, cada câmera corporal possui autonomia de 12 horas contínuas de gravação, produzindo imagens a uma resolução de 720p. As câmeras vão armazenar, no mínimo, 64 gigabytes.
“As câmeras iniciam o processo de gravação imediatamente após serem removidas da estação de armazenamento e carregamento, no início do serviço da equipe policial, restando ao operador apenas o acionamento do botão frontal de áudio em ocorrências ou quaisquer situações de interesse público”, diz a nota da PM.
A PM afirma, ainda, que as imagens produzidas pelas câmeras serão exportadas e armazenadas em um software de gestão de nuvem.
“Gerando os registros de maneira automática no momento em que o dispositivo é colocado na base de carregamento, não havendo nenhuma atuação do policial militar no funcionamento do equipamento, com a plena preservação das imagens registradas, para utilização nos termos previstos em lei”, diz o comunicado.
Onde as câmeras ficarão nas fardas?
Segundo a polícia, o aparelho fica na altura dos ombros ou na parte superior do tronco do policial.
De acordo com o edital que selecionou a empresa fornecedora, o acessório que fixa a câmera na farda deve “ser seguro o suficiente para que o equipamento não se desacople nos casos em que o policial tenha que correr, saltar ou participar de contatos físicos”.
Ainda conforme o documento, a empresa deve fornecer aparelhos com lacres, “de forma a detectar tentativas de desinstalação ou violação”.
Câmeras em outros estados
De acordo com o Ministério da Justiça, as câmeras nas fardas de policiais funcionam em pelo menos cinco estados brasileiros.
Em janeiro deste ano, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao ministério, recomendou o uso de câmeras corporais nos agentes de segurança pública e privada.
Fonte: G1