Policiais civis de Londrina e demais cidades do estado realizaram um dia de paralisação nesta terça-feira,19, por causa das últimas medidas do governador Ratinho JR que alterou as carreiras da categoria, prejudicando muitos trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Paraná, Eli Almeida de Souza, a lei 20.996/22 aprovada recentemente, é uma afronta à categoria que já está há mais de cinco anos sem reposição, acumulando cerca de 30% de perda. “ A situação da policia civil é de total abandono. O governo tem anunciado a compra de armas e viaturas, mas não investe no material humano que é o mais importante. Hoje, o estado deveria ter em torno de sete mil policiais civis e temos apenas 3.800 servidores”, destacou.
Ainda de acordo com Souza, por conta da defasagem de 50% no quadro de servidores, cada trabalhador tem sido obrigado a cumprir o serviço de outras três pessoas. “ É uma situação difícil porque muitos colegas estão doentes, afastados e outros até se suicidaram por causa desse desrespeito do estado”, declarou.
Diante disso, um ofício do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região, foi encaminhado a representantes da área da segurança do Paraná, informando que a partir do dia 20 de abril a orientação é que todos os policiais civis de base cumpram rigorosa e estritamente as funções para os quais foram contratados não acatando outras ordens verbais. “ A ordem é que os investigadores não façam mais o papel do escrivão, do papiloscopista e só vá no local do crime, acompanhado por um delegado”, disse o Eli Almeida.
Texto: Elsa Caldeira
Foto: Arquivo Sindipol/Londrina
Confira no vídeo abaixo o que presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Paraná,
Eli Almeida de Souza, fala sobre a luta da categoria.