Um policial lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar (PM), de Londrina, foi preso, na tarde desta quarta-feira (18), acusado de estuprar duas moradoras de rua dentro de um mocó, na região central da cidade. Os abusos teriam acontecido no dia 31 de dezembro e no último domingo (15).
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pela segunda vítima, o policial entrou na residência abandonada, conhecida como Mansão dos Nóia, localizada na Rua Belém, e a forçou a praticar ato sexual com ele. No relato, a mulher descreveu o homem como “moreno forte com um colete preto”.
O delegado da Mulher, William Douglas, e o comandante do 5º BPM, tenente-coronel Nelson Villa, concederam coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira para falar sobre o caso. Eles contaram que imagens de uma câmera de segurança da região do mocó confirmaram que o acusado é um policial militar e que as vítimas já foram identificadas e recebem apoio da assistência social.
Ainda segundo Villa, o homem possui 10 anos de corporação e, há cerca de um mês, foi transferido do 30º BPM ao 5º BPM. Agora, a PM vai abrir processo administrativo para apurar a conduta do homem. “Neste momento, é uma prisão provisória, mas é lógico que a situação fica sujeita a alteração que venha a ser imposta pelo juiz. Neste momento, ele está no quartel do 5º BPM”, afirmou o comandante.
Conforme o delegado, ainda nas imagens de vídeo monitoramento foi possível ver que o acusado chegou ao local em um carro particular, trajado de parte das vestes da PM, e pelo horário, estava fora da jornada de trabalho. Assim que as investigações foram iniciadas, na segunda-feira (16), o suspeito teria apresentado atestado médico por problemas psiquiátricos e a esposa chegou a entregar à PM as armas que estavam de posse dele.
Na oitiva das vítimas e testemunhas, outro caso de importunação sexual surgiu contra o policial. A vítima seria outra mulher em situação de rua. Em relação a esse caso, não foram divulgados detalhes.
O homem também foi interrogado, mas se reservou ao direito de permanecer calado. “Ele não estava com advogado naquele momento, mas posteriormente fomos procurados por um. Aguardamos agora o resultado dos laudos”, disse Douglas. A Delegacia da Mulher tem 10 dias para finalizar o inquérito.
Fonte – Tarobá News