Oficialmente o aditivo de prazo solicitado pela empresa responsável pela construção da trincheira na avenida Leste-Oeste, na área central de Londrina, ainda não foi concedido. No entanto, o secretário municipal de Obras e Pavimentação já frisou que o tempo deverá ser autorizado para que os serviços, enfim, sejam finalizados e a edificação completamente liberada para veículos, pedestres e ciclistas. Na semana passada, a FOLHA mostrou que a empreiteira quer mais dois meses, ou seja, o fim de junho para terminar.
“Esses dois meses solicitados pela empresa são necessários, por exemplo, porque temos um piso de concreto para ser executado embaixo do túnel, que chamamos de pavimentação rígida. Só a cura desse concreto são 21 dias. Estamos analisando esse prazo, mas com certeza entendemos que a obra vai ser entregue dentro do prazo que empresa colocou”, afirmou João Verçosa, titular da pasta.
A última medição dos técnicos da prefeitura indicou que os trabalhos estão com 89,63% de execução. A média até o mês que vem terá que ser de 5% de evolução, percentual nunca alcançado ao longo dos últimos três anos e três meses de intervenções. “Estão finalizando o último trecho de pavimentação embaixo da trincheira, as barreiras de concreto que passam por essa pista. Isso feito é só finalização de acabamento. Estão fazendo o plantio de grama, concluindo as calçadas. Está na fase final”, elencou.
O secretário refutou qualquer possibilidade de rompimento de contrato neste momento. “Contratamos uma empresa de engenharia especializada para fazer a obra e ela vai ter que terminar e cumprir o contrato. Estamos exigindo isso. No final de tudo vamos puxar a conta e se entendemos que a multa que foi dada tem que aumentar, vai ser aumentada. Não estamos passando pano”, garantiu.
PROCESSO DE PENALIDADE
A empreiteira, que tem sede em Curitiba, foi multada em R$ 915 mil por vários problemas identificados pelo município, entre eles os constantes atrasos. O processo administrativo está na fase de recursos. O custo total da obra está em R$ 33,5 milhões. “Tudo o que está sendo realizado e as alterações, seja para suprimir serviço ou aumentar, está sendo feito com muito rigor e controle da nossa parte. Não está sendo gasto nenhum centavo a mais do que o necessário. O que foi gasto a mais foi correção de valor de contrato e realinhamento de preço.”
Fonte: O Bonde