Vereadores questionaram se recursos para o pagamento dos salários, cerca de 400 mil reais por ano, não poderiam ser utilizados em áreas prioritárias, como a da saúde, por exemplo. Apesar disso, proposta foi aprovada em primeiro turno
A Prefeitura de Londrina quer criar novos cargos comissionados para quatro órgãos e secretarias municipais. São funções necessárias para a implementação de 23 novas repartições na Ouvidoria-Geral, na Procuradoria Jurídica e nas secretarias de Governo e de Recursos Humanos. São três assessorias, uma diretoria, nove gerências e dez coordenadorias. Para o pagamento dos salários dessas novas funções, o município vai gastar cerca de R$ 400 mil reais por ano.
A criação dos cargos está prevista em um projeto de lei que foi discutido durante a sessão desta quinta-feira (25) da Câmara de Vereadores. O servidor da secretaria de Recursos Humanos, Alexandre Trannin, foi convidado para esclarecer as dúvidas dos parlamentares. Ele garantiu que a proposta não trará impacto financeiro no orçamento da prefeitura, uma vez que os recursos que serão utilizados virão de diretorias que já foram extintas.
Na Ouvidoria, o Executivo pretende criar a função de confiança de ouvidor-geral adjunto, com 1 vaga, e a função de ouvidor adjunto, com 5 vagas. Na Procuradoria-Geral, o número de assessores técnico-administrativos passaria de 15 para 16, e o número de coordenadores de unidades administrativas, de 7 para 15. Na Secretaria Municipal de Governo, as diretorias passariam de 3 para 4; as gerências, de 2 para 6; e as coordenadorias, de 1 para 3. Já na Secretaria de Recursos Humanos, o número de assessorias iria de 3 para 4. Trannin defendeu a criação dos novos cargos para melhorar a qualidade do serviço executado pelos órgãos municipais contemplados.
Apesar dos argumentos apresentados, alguns vereadores, como Santão (PSC) e Mara Boca Aberta (PROS), questionaram se os recursos previstos não poderiam ser utilizados em áreas prioritárias, como a da saúde, por exemplo.
Já o líder do Executivo na Câmara, vereador Eduardo Tominaga (PSC), e outros parlamentares governistas, defenderam a aprovação do projeto para melhorar o dia a dia de secretarias e órgãos que, apesar de não atuarem de forma direta junto à população, são essenciais para que o atendimento seja prestado da melhor forma pela prefeitura.
Apesar da polêmica e dos questionamentos levantados, o projeto foi aprovado em primeiro turno com o voto favorável de 17 dos 19 vereadores. A matéria deve voltar a ser discutida em segundo turno na próxima semana.
Fonte: CBN Londrina