Nesta terça-feira (4) a coordenação de campanha do ex-presidente Lula (PT) se reúne em Curitiba para estruturar ações para o segundo turno. No Paraná, Lula teve 35,99% dos votos contra 55,26% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Paraná é historicamente um reduto conservador e, na última eleição, por exemplo, destinou 68,43% dos votos para Bolsonaro (no segundo turno). Mesmo assim a campanha espera dialogar com partidos que não apoiaram a candidatura de Lula no primeiro turno para ampliar as vozes em favor do petista.
O presidente do diretório estadual do PT, deputado Arilson Chiorato, deve se reunir com representantes do PDT, incluindo do também deputado Goura, para costurar a parceria no Paraná.
“Nós vamos nos reunir amanhã e já começaremos a trabalhar. A prioridade agora é trabalhar pela eleição de Lula”, disse ao Plural.
Nacional
Também em esfera nacional o Partido dos Trabalhadores está se movimentando para definir alianças para este segundo turno. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi a deputada de esquerda mais votada no Paraná e entende que embora Bolsonaro tenha feito uma votação mais expressiva do que estimado pelas pesquisas, a campanha de Lula pode conquistar mais votos.
“As urnas deram um recado claro: a maioria das pessoas não querem Bolsonaro. É o primeiro presidente que disputa a reeleição que chega em segundo lugar no primeiro turno. Lula fez mais de 6 milhões de votos na frente de Bolsonaro. O povo brasileiro quer mudança”, destacou a deputada em entrevista à Globo News, nesta segunda-feira (03).
Gleisi Hoffmann já tem agendas marcadas com o deputado Baleia Rossi (MDB) e com a campanha de Soraya Thronicke (União).
Costuras
O ex-presidente Lula teve 57.258.115 votos, ou 48,4% dos válidos, contra 43,2% do presidente Bolsonaro.
Ciro Gomes (PDT) teve 3.599.201, ou seja 3% do total, o que, teria sido suficiente para eleger Lula no primeiro turno. A campanha petista espera que um eventual apoio de Ciro ‘transfira’ os votos do pedetista para Lula.
Na outra ponta, a campanha de Bolsonaro é menos cuidadosa nestas questões. Bolsonaro criticou as candidatas do MDB e do União, usando termos jocosos ao se referir aos sobrenomes delas: “estepe” e “trambique”, o que pode prejudicar eventuais conversas entre o PL e os partidos.
Fonte: Jornal Plural