Luiz Claudio Romanelli (PSD) disse nesta segunda (11) que pretende disputar a presidência da CCJ da Assembleia Legislativa do Paraná. O anúncio era mais ou menos esperado: já na última eleição interna, o deputado queria o cargo, mas foi forçado a abrir mão para Thiago Amaral (PSD), que por ser mais fiel a Ratinho tinha a preferência.
Agora Romanelli diz que é a vez dele, e garante que tem testemunhas de um acordo para isso: quando abandonou a candidatura em 2023, havia uma promessa de que nos dois anos seguintes a comissão seria dele. Até aí, sem problemas. Mas só que desde lá surgiu um problema chamado Ademar Traiano (PSD).
Acostumado a ser o dono da Assembleia, Traiano caiu em desgraça quando veio à tona que ele admitiu ter recebido uma propina de R$ 100 mil. Perdeu a possibilidade de se reeleger presidente da Assembleia e achou que a CCJ seria seu prêmio de consolação.
Agora o mais provável, se ninguém interferir, seria um bate-chapa entre os dois. Para Ratinho Jr., as duas opções são um problema. Se apoiar Traiano, estará se associando ainda mais a um corrupto confesso. Se apoiar Romanelli, sabe que vai estar se enfiando em um buraco, principalmente nos temas ligados ao pedágio.
Romanelli é um crítico do pedágio, e inclusive do formato adotado por Ratinho. Embora seja da base do governador, Romanelli não é de levar desaforo para casa, e por isso Ratinho não confia tanto nele.
Fonte: Jornal Plural