A administração da Iscal (Irmandade Santa Casa de Londrina) tem a intenção de negociar o aluguel ou a cessão do prédio histórico que fica na esquina das avenidas Duque de Caxias e Celso Garcia Cid, na região central de Londrina. A situação da edificação é motivo de reclamação dos comerciantes da região, como mostrou reportagem da FOLHA publicada em 5 de novembro.
A superintendente e coordenadora do Conselho de Administração da entidade, Ana Paula Cantelmo Luz, convidou a reportagem para visitar a parte interna da construção, que foi levantada em 1939 e cedida à Santa Casa em 1973.
O terreno abriga atualmente um estacionamento e a marcenaria que atende a instituição. Em paralelo, conta com um trabalho diário de pessoas responsáveis pela limpeza dos barracões, que por anos se tornaram depósitos de equipamentos inservíveis.
Segundo Ana Paula Cantelmo Luz, o trabalho de limpeza tem sido feito desde abril e a maioria do que é retirado e compreendido como material inutilizável é vendido e tem gerado retorno.
“Virou um depósito da Santa Casa, inutilizou lá (no hospital), camas, móveis, coisas que poderiam servir em algum momento, foram depositados aqui. Mas ao longo do tempo, houve um acúmulo, então agora nós estamos limpando. A Santa Casa sempre teve o interesse em ter um parceiro para fazer o reuso do imóvel”, explicou a superintendente.
‘QUE VENHAM AS PROPOSTAS’
A Santa Casa tem o desejo de contar com um parceiro que mantenha a fachada histórica do prédio, que foi inaugurado em 1939 como sede da fábrica do Guaraná Sublime. Entretanto, caso um novo parceiro não tenha o desejo de manter a fachada, a instituição se coloca à disposição para negociar, se dispondo até mesmo em retirar a marcenaria do local. O terreno tem área total de cerca de 2400 m².
“Se aparecer um grande negócio e as pessoas quiserem o espaço da marcenaria, eu alugo outro lugar. É uma área muito generosa. Tínhamos um projeto para ser uma escola nossa, mas acabou que conseguimos outro espaço para nossa escola técnica e não andou. Mas que venham as propostas”, destacou Ana Paula Cantelmo Luz
“A intenção é alugar ou ceder para exploração. Esse imóvel tem uma cláusula que não pode ser vendido, é impenhorável, então isso limita o que fazer, mas se tivermos um parceiro que invista aqui, descontamos da locação, preferencialmente preservando a história da edificação, que movimente o centro”, seguiu a coordenadora do Conselho de Administração.
Fonte: O Bonde