Servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ocuparam a reitoria, em Curitiba, nesta quinta-feira (21) para pedir a revogação do memorando 1/6526413, que trazia orientações sobre como os gestores deveriam proceder em relação às equipes que aderiram à greve iniciada no último dia 11. De acordo com o Comando o texto tinha trechos que traziam constrangimento ao direito de greve. O memorando 2/6431046 tornou sem efeitos o anterior e foi publicado após reunião entre gestores e técnicos.
Pelas redes sociais o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest) publicou um vídeo explicando o que muda (assista).
O texto alterado deixa claro que os servidores têm direito à greve e diferente da primeira versão, desobriga os servidores a comunicarem suas chefias imediatas sobre adesão à greve. O texto também prevê manutenção dos serviços essenciais, como saúde.
UTFPR
A reitoria da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também deu orientações para as chefias de departamento sobre a adesão dos servidores técnicos-administrativos.
Servidores da instituição não poderão ser acionados pelas chefias diretamente a não ser que Comitê de Ética determine que aquela atividade é essencial. O entendimento se deu nesta quinta-feira (21), durante reunião entre o setor de Recursos Humanos e representantes dos grevistas.
Tanto na UTFPR quanto na UFPR as aulas estão mantidas já que os docentes continuam trabalhando.
Greve
A greve começou porque os servidores querem reajuste e melhorias nos planos de carreiras. Desde o ano passado representantes sindicais e Governo Federal têm conversado, mas se acordo com os sindicatos as perdas inflacionárias dos trabalhadores chegam a 53%. A proposta do Governo é de reajuste zero neste ano, conforme informações da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Em fevereiro deste ano a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) emitiu uma nota afirmando que “Os reitores e reitoras das universidades federais brasileiras manifestam apoio à proposta de reestruturação da Carreira do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE)”, mas até agora não se manifestou sobre a greve, que atinge mais de 30 universidades e institutos federais no Brasil.
Fonte: Jornal Plural