O Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Paraná (Sindiurbano) divulgou uma nota nesta segunda-feira (4) denunciando que os salários dos diretores e do presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), em Londrina, foram reajustados em 37,1% e 10,4%, respectivamente, neste ano de 2023. Com o aumento, o vencimento pago aos diretores de Transportes; de Operações; de Trânsito; e administrativo e financeiro subiu de R$ 13.398,00 para R$ 18.380,00. Já o salário do presidente da companhia, Marcelo Cortez, aumentou de R$ 22.305,00 para R$ 24.627,00. O reajuste de 10,4% também foi aplicado junto aos vencimentos dos membros do conselho fiscal e administrativo e do comitê de auditoria da companhia, que recebiam R$ 2.230,00 e passaram a ganhar R$ 2.462,00.
Em nota, a assessoria de imprensa da CMTU informou que o reajuste foi aprovado em 2019 e estava suspenso por conta da pandemia de coronavírus. O aumento salarial foi colocado em prática em julho deste ano.
O presidente do Sindiurbano, Valdir Mestriner, lembrou que as negociações para o reajuste salarial de todos os trabalhadores já tiveram início, e que a categoria espera que o aumento seja proporcional ao da diretoria da companhia.
Até setembro deste ano, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a variação média de reajustes em negociações coletivas foi de 1,14% acima da inflação, que ficou em 4,5%. Em comparação feita pelo sindicato, o aumento dos diretores da CMTU ficou 32,59% acima da inflação. Dos 351 trabalhadores que constam na folha de pagamento da companhia em novembro, apenas 33 ocupam cargos comissionados, que não são concursados e foram indicados.
O atual acordo coletivo dos trabalhadores vence em janeiro do ano que vem, e o novo precisa ser firmado até fevereiro. Além do aumento salarial, o sindicato continua cobrando que os servidores recebam novos uniformes. Os atuais, que têm cinco anos de uso, estão rasgados e muito gastos, conforme a entidade. A CMTU garantiu que já abriu licitação para compras novas peças, mas não estipulou prazo para a entrega do material aos trabalhadores.
Fonte: CBN Londrina