Foi “uma covardia com todos os trabalhadores! Além de caracterizar explicitamente uma prática antissindical e a tentativa de coibir os trabalhadores a participarem da assembleia”, diz o Sindicato em nota
O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro formalizou nesta terça-feira (4) uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a TV Globo por demissão em massa de 22 jornalistas e radialistas e também por práticas antissindicais. Veja abaixo lista dos demitidos.
Foi “uma covardia com todos os trabalhadores! Além de caracterizar explicitamente uma prática antissindical e a tentativa de coibir os trabalhadores a participarem da assembleia”, diz o Sindicato em nota.
A TV Globo ignorou a decisão do STF. Além disso, anunciou as demissões em plena campanha salarial, um pouco antes e durante a assembleia geral dos trabalhadores realizada no início da tarde de ontem. Uma prática claramente antissindical.
Prática antissindical
Para a direção do Sindicato, os gestores da emissora foram covardes e tentaram desencorajar os trabalhadores e trabalhadoras a participar de uma assembleia relacionada a questões salariais. Isso é uma típica prática antissindical, caracterizada por toda e qualquer ação ou ato cuja finalidade é prejudicar, dificultar ou impedir uma ação sindical em defesa dos direitos dos trabalhadores.
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“Foi “um ato de truculência que envergonha a TV Globo! Uma covardia com todos os trabalhadores! Além de caracterizar explicitamente uma prática antissindical e a tentativa de coibir os trabalhadores a participarem da assembleia,” disse o Sindicato em nota publicada na noite desta terça.
“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia as demissões e vai protocolar denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho contra a arbitrariedade e o inaceitável assédio moral no momento mais decisivo da campanha salarial, quando é apreciada a proposta patronal para a renovação da Convenção Coletiva e os trabalhadores buscam reduzir perdas econômicas e assegurar melhores condições de trabalho”, segue a nota.
Na semana passada, o Sindicato já havia sido surpreendido com o aviso de que a empresa, “embora sólida financeiramente”, passaria por um processo de ajuste e, em consequência, promoveria “demissões pontuais” nos meses de abril e maio.
Na oportunidade, o sindicato manifestou posição contrária a processos de demissão em massa e cobrou informações sobre a quantidade e o perfil dos profissionais que seriam atingidos.
As informações não foram passadas e, diz o sindicato, “as demissões começaram de forma brutal, como poucas vezes aconteceu na empresa”.
Foram dispensados repórteres, produtores e editores da TV Globo e do g1 e também de radialistas.
Veja a lista dos demitidos:
- Alba Valéria – repórter G1 Rio
- Arthur Guimarães – produtor investigativo RJ
- Carlos Bauer – editor JN
- Eduardo Tchao – repórter RJ
- Eliane Maria – produtora RJ
- Elza Gimenez – apuradora RJ
- Flávia Jannuzzi – repórter RJ
- Jo Mazzarolo – diretora Recife
- Jorge Espírito Santo – supervisor Fantástico
- José Carlos Azevedo – chefe cinegrafistas RJ
- Juarez Passos – chefe produção local RJ
- Luciana Osório – repórter RJ
- Marcelo Moreira – diretor BH
- Marcos Serra Lima – fotógrafo G1 Rio
- Monica Sanches – repórter RJ
- Marcelo Canellas – repórter especial do Fantástico
- Luiza Silvestrini – produtora RJ
- Helio Alvarez – sup de img e audio
- Felipe Vasquez – editor-chefe digital -gnews
- Cadu Velloso – chefe gnews SP
- Fernando Gueiros- dir.proj.tec do jornalismo
- Leila Sterenberg -apresentadora gnews
Fonte: CUT Brasil