Pais e estudantes realizaram um protesto na frente da escola nesta segunda-feira cobrando justiça. Docentes estão afastados das funções e seguem sendo investigados por meio de uma sindicância
Pelo menos 20 alunas do Colégio Estadual Wistremundo Garcia, no parque Ouro Verde, na zona norte de Londrina, dizem ter sido assediadas por dois professores da unidade. A informação foi confirmada à CBN nesta segunda-feira (3) pelo pai de uma das estudantes, Eduardo Francischini. O caso veio à tona na última semana, depois que a Secretaria Estadual de Educação confirmou, em nota, que os dois docentes tinham sido afastados das funções por conta das denúncias. Na época, cinco alunas teriam procurado o Núcleo Regional de Educação para prestar queixa. Num dos casos, o professor também foi denunciado para a polícia.
Com a divulgação do caso, segundo o pai que conversou com a reportagem, outras diversas estudantes, inclusive algumas que nem estudam mais na unidade, vieram a público para dizer que tinham passado pela mesma situação. No caso da filha de Francischini, o assédio teria acontecido há cerca de um ano, quando a adolescente tinha 12 anos de idade. O pai conta que o professor teria passado as mãos nas pernas e também nos seios da menina. Num outro caso, ainda segundo Francischini, o assédio teria acontecido há cerca de 15 anos.
Na manhã desta segunda-feira (3), pais e estudantes protestaram na frente do colégio e cobraram por justiça. Eles reclamam da falta de iniciativa da direção da escola em apurar os casos e dizem que alunos estariam sofrendo represálias por conta da situação. Para Francischini, o colégio está sendo conivente com os professores. Ele disse esperar que os docentes sejam demitidos e presos por conta das denúncias.
A direção da escola não quis se manifestar. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação reafirmou que os casos estão sendo investigados por meio de uma sindicância e que os professores denunciados – um de Geografia e o outro de Educação Física – foram afastados das funções após determinação judicial. No comunicado, a secretaria reforçou, ainda, que vai cooperar “plenamente com as investigações conduzidas pelas autoridades para que os fatos sejam devidamente apurados e as medidas legais cabíveis sejam adotadas”.
Fonte: CBN Londrina