Além disso, eles terão de pagar R$ 10 milhões por danos morais coletivos
Dez pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por importação, comércio e transporte ilegal de agrotóxicos ilegais no Brasil. A quadrilha agia a partir de Terra Roxa, no Paraná, e o esquema foi descoberto a partir da Operação Terra Envenenada. A sentença saiu nesta semana.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), além das penas de prisão – que somadas passam de 109 anos – o bando também terá de pagar R$ 10 milhões a título de indenização por danos morais coletivos.
Terra Envenenada
A Operação Terra Envenenada foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) de Guaíra, no Paraná, em 2021 após sete meses de investigação.
A primeira fase teve o cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão e 24 de prisão preventiva, nas cidades de Mundo Novo (MS), Terra Roxa (PR), Umuarama (PR), Amaporã (PR), Alto Piquiri (PR), Iporã (PR), Jardim Alegre (PR), Campo Mourão (PR), Nova Prata (RS), Palmas (TO) e Luís Eduardo Magalhães (BA).
Um ano depois os condenados foram presos pela PF, inclusive os que operavam no Paraná.
Esquema
A quadrilha vendia o agrotóxico Paraquat, que tem comercialização e uso vetados no Brasil porque é altamente maléfico à saúde humana. Ele era importado ilegalmente a partir do Paraguai, que faz fronteira com o oeste do Paraná.
Os envolvidos negociavam o agrotóxico com preços menores do que os que são praticados no Brasil para produtos que têm liberação. Isso, segundo o MPF, “evidencia motivo torpe e o completo desprezo dos réus pelos danos à vida humana, aos animais e ao meio ambiente”.
De acordo com o Governo Federal o Paraquat “pode resultar em toxicidade agudamente grave para todos os órgãos e resultar em morte dentro de 24 horas após a ingestão, não existindo antídoto eficaz”, por isso o produto foi banido do Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017.
O esquema envolvia logística de transporte e entrega de muita quantidade dos agrotóxicos e cada membro tinha uma participação especifica na organização criminosa.
Fonte: Jornal Plural