Tudo que for feito com dinheiro da privatização terá de ser marcado para acompanhamento
O Tribunal de Contas do Paraná pouco fez contra a privatização da Copel. A única medida foi tomada aos 45 do segundo tempo pelo conselheiro Maurício Requião e anulada já nos acréscimos por um zeloso Augustinho Zucchi (justamente o único conselheiro nomeado por Ratinho Jr).
Agora, porém, que Inês já está morta e suas partes divididas entre os novos sócios, o TC resolveu pelo menos dar transparência ao processo de esquartejamento. Em decisão publicada nesta segunda (28), os conselheiros dizem que o governo do Paraná terá de identificar todas as obras que fizer com o butim.
Toda obra que for feita com dinheiro da venda das ações dos paranaenses na companhia tyerão de ser identificadas pela mesma fonte. Se algo já foi gasto, o dinheiro terá de ser estornado e reinvestido do jeito certo, afirma o TC.
A ideia é que assim os paranaenses possam acompanhar pelo menos o que rendeu a venda de seus R$ 4,5 bilhões em ações. E também para ver se o dinheiro não ficou parado, rendendo, sem que se saiba o que aconteceu com os juros etc.
Até agora, Ratinho não anunciou nenhuma grande obra, mesmo com a montanha de dinheiro que o estado recebeu ou receberá da Copel. Falou numa reforma de escola aqui, numa meia sola ali. Espera-se que o retorno para a população não seja assim tão magro. Pelo menos que algo decente seja feito em troca da perda da nossa mais valiosa estatal.
Fonte: Jornal Plural