A APP exige a imediata retificação do vídeo, além da emissão de nota de desagravo
Em vídeo publicado nas redes sociais da Polícia Militar do Paraná, funcionários(as) e ex-funcionários(as) de escola são citados(as) como potenciais “agressores ativos”, terminologia que se refere a indivíduos engajados em matar ou tentar matar pessoas no ambiente escolar.
A APP-Sindicato repudia esta associação – infeliz, discriminatória e sem qualquer evidência – e lembra que os(as) funcionários(as) são, muitas vezes, as primeiras vítimas dos “agressores ativos”.
A peça integra o Programa de Treinamento de Segurança Escolar, desenvolvido por meio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), junto à Secretaria de Estado da Educação, e visa orientar a comunidade sobre como agir em ocorrências de ataque à escola.
A ilação é especialmente ofensiva para uma categoria cuja carreira foi extinta e precarizada por este mesmo governo. O Estado substituiu profissionais experientes e acostumados ao ambiente escolar por trabalhadores(as) terceirizados(as) e agora os criminaliza de forma irresponsável.
A APP enviou ofício aos secretários(as) de Segurança e Educação exigindo a imediata retificação do vídeo, além da emissão de nota de desagravo em respeito aos(às) funcionários(as) que tanto contribuem para a segurança do ambiente escolar.
Também solicitamos a participação da APP-Sindicato na comissão responsável pela elaboração do Programa de Treinamento de Segurança Escolar, como legítima representante dos profissionais da educação pública. Ninguém conhece a escola pública e seus atores(suas) como a categoria. Sua exclusão do debate leva a equívocos como este e prejudica a própria efetividade de iniciativas de promoção da segurança.
Nada de nós sem nós.
Fonte: APP Sindicato